A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa básica de juros da economia em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva gerou fortes críticas da indústria mineira.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (5), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) afirmou que a medida mantém o ambiente econômico sob forte restrição, com impactos diretos sobre a produção, o emprego e o investimento.
“Com a Selic elevada por mais tempo, as empresas terão mais dificuldade para financiar capital de giro e investir em novos projetos”, alertou Flávio Roscoe, presidente da Fiemg.
Segundo a entidade, o custo do crédito elevado afeta não apenas a capacidade das empresas de operar, mas também o planejamento de novos empreendimentos, o que tende a desacelerar ainda mais o ritmo de crescimento da economia no último trimestre do ano.
Efeito em cadeia sobre o consumo e a produção
A Fiemg também destacou que a demanda doméstica deve sofrer forte impacto com a manutenção da Selic.
Com o crédito ao consumo mais caro, as famílias reduzem compras de maior valor, o que atinge diretamente setores como o automotivo, o eletroeletrônico e a construção civil — todos dependentes das condições de financiamento e do poder de compra da população.
“Quando o consumo encolhe, a indústria sente o efeito em cadeia, postergando planos de expansão e enfraquecendo a capacidade produtiva do país”, enfatizou Roscoe.
Economistas avaliam que o prolongamento dos juros altos tende a frear a retomada industrial em Minas Gerais, estado que concentra importantes polos metalúrgicos, automotivos e de bens de capital.
Brasil tem o segundo maior juro real do mundo
Com a decisão do Copom, o Brasil mantém a segunda maior taxa de juros reais do planeta, estimada em 9,74%, ficando atrás apenas da Turquia (17,8%), segundo levantamento da MoneYou e Lev Intelligence, conduzido pelo economista-chefe Jason Vieira.
Este é o quinto mês consecutivo em que o país ocupa a vice-liderança do ranking, que compara 40 economias. Em maio, o Brasil estava na terceira posição, com juros reais de 8,65%.
Mesmo que o Copom tivesse decidido por um corte ou alta moderada da Selic, a colocação do Brasil não seria alterada, já que a inflação permanece acima da meta e o diferencial em relação a outras economias continua elevado.
Contexto
O Copom decidiu manter a Selic em 15% ao ano após reunião encerrada nesta quarta (5). No comunicado, o colegiado argumentou que o cenário inflacionário ainda exige cautela, citando incertezas externas e a política econômica dos Estados Unidos.
A decisão reforça o embate entre o governo federal, que pressiona por redução dos juros para estimular a economia, e o Banco Central, que defende a manutenção da taxa para garantir a convergência da inflação à meta.
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