23 C
Belo Horizonte
InícioEconomiaContas do governo de Minas melhoram, embora situação fiscal continue delicada ...

Contas do governo de Minas melhoram, embora situação fiscal continue delicada  

As contas do Governo de Minas Gerais têm mostrado uma melhora gradual desde 2019, mas a situação fiscal permanece delicada. Essa avaliação foi feita por Felipe Magno de Sousa, subsecretário de Planejamento, Orçamento e Qualidade do Gasto da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), durante uma audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (5/6/24).

Magno de Sousa destacou que 2023 foi o terceiro ano consecutivo em que o governo alcançou um equilíbrio orçamentário, com um superavit de quase R$ 300 milhões. No entanto, ele alertou que o resultado primário, essencial para pagar a dívida pública, ainda é insuficiente, evidenciando uma situação fiscal não confortável.

Para o primeiro quadrimestre de 2024, a arrecadação com o IPVA gerou um superavit de R$ 3 bilhões. No entanto, Fábio Rodrigo de Assunção, subsecretário do Tesouro Estadual da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), explicou que esse superavit não representa uma folga financeira, pois o governo precisa gerir caixa para cobrir despesas correntes e o décimo terceiro salário dos servidores.

O déficit previsto para 2024 é de R$ 8 bilhões. Embora o governo esteja trabalhando para equilibrar as contas, Felipe Magno alertou que este ano ainda será desafiador e o déficit pode não atingir o total previsto, mas ainda será significativo.

O subsecretário também destacou os aumentos nas despesas em saúde e educação, que atingiram recordes históricos em 2023, com R$ 9,3 bilhões e R$ 19,8 bilhões, respectivamente. Além disso, o governo avançou na previsão de pagamento dos restos a pagar, que chegam a R$ 11 bilhões.

O deputado Cristiano Silveira (PT) sugeriu que o aumento da receita corrente líquida poderia permitir uma recomposição de 10,6% aos servidores do Executivo em 2024. No entanto, os subsecretários explicaram que, tecnicamente, o governo só pode arcar com uma revisão de 4,62%, devido à grande vinculação de recursos dentro dessa receita.

A prestação de contas integra o programa Assembleia Fiscaliza, que reúne atividades de monitoramento desenvolvidas pelas comissões temáticas da ALMG. Esse programa inclui a iniciativa Tema em Foco, onde cada comissão escolhe um tema específico para monitorar durante dois anos. Para o biênio 2023-2024, a FFO escolheu “Acompanhamento da situação fiscal do Estado com foco na arrecadação”.

Essa audiência destacou os esforços do governo para melhorar a situação fiscal do estado, embora desafios significativos ainda permaneçam. A transparência e o monitoramento contínuo são essenciais para garantir uma gestão fiscal responsável e eficiente.


RELACIONADOS
Feito com muito 💜 por go7.com.br