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Brasil: índices de violência e criminalidade atingem patamares alarmantes

“Influencer atropela e mata homem que tinha acabado de se casar no Rio.” Despertei, languidamente, com essa notícia “auspiciosa”. Bem, que o Brasil nunca foi um país muito seguro, detentor de polícia e Exército ilibados e bem estruturados para seu ofício, não é novidade. Que a situação social e econômica de um país incide diretamente sobre os índices de criminalidade da população, é outro clichê verdadeiro. O Brasil de 2024 – e já de anos pregressos – assusta. Corrupção endêmica em quem devia evitar a criminalidade, conter a agressividade e as atrocidades no povo à mercê da violência desenfreada e do ódio típico de países com baixa justiça social e qualidade de vida pífia – essa é nossa realidade. E não é por causa de uma ou outra chamada caça-cliques em um portal ou jornal. É a realidade que assusta.
Mas eu continuei lendo: “Vídeo mostra quando irmão é espancado, pega arma de policial e o mata durante uma comemoração de aniversário”; “Câmera registra Audi a mais de 120 km/h batendo em 5 carros parados em semáforo em SP”; “Nego Di fez vídeo debochando de clientes, diz polícia” (o acusado deu um golpe de cerca de R$ 5 milhões). Chega, chega… São apenas amostras. Não vou mencionar o tráfico, CV e PCC, que vem crescendo vultosamente não só no Brasil, como no Exterior, ao passo que uma guerra de “tudo ou nada” é engendrada pelo CV para retomar territórios nacionais.
Estes dias, vi que um jogador de futebol conceituado alegou que não pretendia voltar ao Brasil porque “não se sentia seguro”. Dá para entender. Quem se sente seguro no Brasil hoje?
Por outro lado, o povo é vitimado por um governo que pouco lembra um “governo para os pobres”, diante da maior e mais pesada máquina pública do mundo, desmandos autoritários e “emendas secretas” (adicionais) em bilhões jorrados para costurar alianças políticas entre parlamentares, ministros do Executivo e do Judiciário. Tudo isso a favor dos interesses dos atuais comandantes do país. Impostos crescem como ervas daninhas, sufocando o povo – na medida em que avultam os luxos da elite política. E por que falo isso? Porque, como mencionei, é comprovado que países com menor qualidade de vida e pouca justiça social têm maiores índices de criminalidade, além de problemas de saúde pública no âmbito psiquiátrico, que provoca violência, corrupção, polarizações danosas etc.
Sabe-se que quase metade dos brasileiros deixariam o Brasil hoje se pudessem. A grande maioria não tem condições para isso. O governo dificultará os vistos para reter contribuintes? Para evitar a evasão de trabalhadores mal remunerados e vítimas da violência endêmica? Como ocorre em Cuba, por exemplo.
Criminalidade não parece – pelos índices em 2024 – uma pauta urgente aos governantes brasileiros. Aborto, sim. Porte de maconha, sim. Emendas PIX, liberadas sem nenhuma transparência, às vésperas das eleições para prefeito, sim. Aumento da tributação da população e das heranças, sim. O Brasil já foi um país tropical, abençoado por Deus, ao menos conforme Jorge Ben Jor, e agora, estaremos à beira do inferno?
Segurança é essencial para qualquer povo, não apenas para os governantes. O Brasil me parece meio sem rumo, e a “desinformação”, vigiada institucional e oficialmente, me parece que nunca foi tão “desinformada”: a verdade tem preço, tem posição política, tem voz. O que é a verdade ou a desinformação? O que alguém ou alguéns querem, sob seu ponto de vista, em muitos dos casos. Haverá, com base nisso, quem dirá que o Brasil é um país seguro e que a criminalidade na verdade vem diminuindo. Se eles dizem, é porque é.


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