Com o aumento das queimadas na Amazônia e no Pantanal, cidades de dez estados brasileiros estão enfrentando fumaça densa e deterioração da qualidade do ar. Imagens do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) revelam a concentração de monóxido de carbono em uma faixa que se estende desde o Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando por países como Peru, Bolívia e Paraguai. O fenômeno traz sérios riscos à saúde, como doenças respiratórias e alergias.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, entre 1º de janeiro e 18 de agosto de 2024, o Amazonas e o Pará concentraram mais da metade dos focos de incêndio na Amazônia. Só em 2024, o fogo já consumiu 3,2 milhões de hectares da floresta, equivalente a 0,77% do bioma. No Pantanal, quase 1,9 milhão de hectares foram devastados, atingindo 12,5% do território.
O governo federal, em resposta, mobilizou 1.489 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes (ICMBio) para combater os incêndios florestais na Amazônia, com recursos do Fundo Amazônia. Além disso, foram liberados R$ 137,6 milhões para o Pantanal e R$ 13,4 milhões para assistência humanitária e combate às queimadas.
A situação é preocupante, especialmente com o alerta de perigo extremo de fogo no Pantanal, emitido pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa-UFRJ). As condições climáticas, como ventos fortes e baixa umidade, estão dificultando o combate às chamas, inclusive por meios aéreos.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) enfatiza a necessidade de uma resposta coordenada e rápida para evitar que a destruição se amplie ainda mais, ameaçando ecossistemas e a saúde pública de milhões de brasileiros.
