Minas Gerais enfrenta um alerta de surto de coqueluche após a confirmação da morte de um bebê de dois meses em Poços de Caldas. Este é o segundo óbito registrado no Brasil em três anos, e o primeiro no estado desde 2019, quando três mortes foram registradas.
A criança faleceu no dia 19 de julho, e a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) revelou que a cobertura vacinal em Minas está abaixo da meta de 95%. Atualmente, a cobertura da vacina tríplice bacteriana (DTP) está em 83,73%, enquanto a pentavalente está em 83,50%. A vacina tríplice, essencial para a prevenção da coqueluche, está em falta nos postos de saúde do estado.
O aumento dos casos de coqueluche é notável, com Minas Gerais registrando 121 casos nos primeiros meses de 2024, comparado a 14 casos em 2023. Nacionalmente, foram confirmados 608 casos até o final de julho, mais do que o dobro do ano anterior. Especialistas alertam para a possível subnotificação da doença, que pode ser confundida com outras infecções respiratórias, complicando o diagnóstico.
A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa transmitida por gotículas de saliva. Os sintomas incluem tosse intensa e persistente, muitas vezes com um som característico de “guincho”, e podem levar a complicações graves, especialmente em crianças pequenas. A vacinação é a principal forma de prevenção, mas a queda na cobertura vacinal está refletida no aumento dos casos.
A Secretaria de Saúde recomenda que todas as crianças recebam as vacinas conforme o calendário nacional, e gestantes devem ser imunizadas a partir da 20ª semana de gestação. O Ministério da Saúde está ciente do risco crescente e alerta para a necessidade de atualização das vacinas para proteger a população, especialmente em um momento de alerta global para surtos de coqueluche.