A cidade de Belo Horizonte enfrenta uma grave situação de poluição do ar, com níveis de material particulado chegando a 48,4 microgramas por metro cúbico nesta quinta-feira (5). Esse valor é quase 10 vezes maior que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo “nível seguro” é de apenas 5 microgramas por metro cúbico. Segundo a plataforma suíça IQAir, que monitora a qualidade do ar, a capital mineira registrou um Índice de Qualidade do Ar (IQA) de 133, considerado “insalubre para grupos sensíveis”.
Belo Horizonte enfrenta essa piora na qualidade do ar após 140 dias sem chuva, agravada por incêndios em áreas ao redor da cidade. Na madrugada de quinta-feira, o IQA chegou a 151, aproximando a cidade das metrópoles com a pior qualidade do ar do mundo, como Lahore, no Paquistão, e São Paulo.
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De acordo com a meteorologista Anete Fernandes, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de melhora nos próximos dias. A única solução para reduzir a poluição seria a ocorrência de chuvas, que não estão previstas a curto prazo.
Com a poluição em níveis tão altos, médicos recomendam o uso de máscaras, especialmente do tipo N95, para filtrar as partículas do ar. A pneumologista Michele Andreata também sugere a lavagem nasal com soro fisiológico e a umidificação dos ambientes para aliviar os sintomas respiratórios.
A plataforma IQAir orienta que as janelas de casas e escritórios permaneçam fechadas para minimizar o contato com a poluição. Embora essa recomendação possa causar desconforto devido ao calor intenso, especialistas como o médico Artur Mendes reforçam que essa é uma medida essencial para proteger a saúde respiratória.
A Defesa Civil de Belo Horizonte também alerta a população sobre os cuidados necessários durante o período de seca e alta poluição, como manter-se hidratado, evitar exposição ao sol e não provocar queimadas.
