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Manifestantes de 8 de janeiro protestam contra Alexandre de Moraes em BH e pedem anistia

Neste sábado, 7 de setembro, manifestantes se reuniram na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, para protestar contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Entre os presentes, estavam algumas pessoas que foram presas por participarem dos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, quando ocorreram invasões e depredações em prédios públicos como o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF.

Os manifestantes alegam que participaram de forma pacífica e que foram detidos de maneira arbitrária. Muitos deles ainda usam tornozeleiras eletrônicas e dizem estar sofrendo discriminação, afirmando que suas vidas mudaram drasticamente após os acontecimentos. Um dos entrevistados, que pediu para não ser identificado, relatou à reportagem que passou mais de um ano monitorado eletronicamente, mesmo sem ter cometido vandalismo.

“Fomos para uma manifestação pacífica. Quando chegamos no Congresso, já estava tudo destruído. No dia seguinte, nos colocaram em ônibus e nos levaram direto para a academia da Polícia Federal. Fui preso e colocado na Papuda. Não participei de nenhum ato de vandalismo, mas fomos colocados todos no mesmo balaio. Minha vida virou um caos com a tornozeleira. Mesmo usando calça comprida, as pessoas notam e me tratam como criminoso. Só estávamos ali para protestar pacificamente, como a Constituição nos garante”, contou o homem de 40 anos.

Outro manifestante destacou que milhares de pessoas que participaram de protestos pacíficos em frente a quartéis foram levadas junto com aqueles que depredaram o patrimônio público. “Não somos vândalos. Muitas pessoas estavam ali defendendo o que acreditavam ser o melhor para o país. Mesmo assim, fomos presos e tratados como criminosos. Precisamos de anistia para aqueles que foram injustamente detidos”, afirmou.

Além de protestar contra Alexandre de Moraes, os manifestantes pediram a anistia dos presos dos atos de 8 de janeiro e o impeachment do ministro do STF. Barracas foram montadas ao redor da Praça da Liberdade para coletar assinaturas em dois abaixo-assinados: um pedindo anistia e outro solicitando o impeachment de Moraes. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), também foi alvo das críticas dos manifestantes.

A mobilização começou com uma motociata nos arredores do Mineirão e contou com a presença de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de lideranças da direita em Minas Gerais. Candidatos a prefeito e vereador, como Bruno Engler, de Belo Horizonte, e Junio Amaral, de Contagem, também participaram da manifestação.

A manifestação em Belo Horizonte faz parte de uma série de atos que ocorrem em todo o país neste feriado de 7 de setembro, em apoio a Bolsonaro e em oposição ao governo do presidente Lula (PT). Um dos principais atos nacionais foi marcado para ocorrer na avenida Paulista, em São Paulo, com a presença de Bolsonaro e outras figuras importantes da direita brasileira.


 

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