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Manifestantes em Belo Horizonte protestam contra Rodrigo Pacheco e Alexandre de Moraes

Na manhã deste domingo (29), a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, foi palco de uma manifestação que criticou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O protesto, uma continuação das manifestações do 7 de setembro, reuniu apoiadores de movimentos conservadores que expressaram sua insatisfação com a demora de Pacheco em pautar o pedido de impeachment de Moraes, solicitado por deputados no início de setembro.

Um boneco inflável de Pacheco, conhecido como “pixuleco”, foi exposto segurando uma banana, com a mensagem “se não pautar, vamos cassar”, referindo-se ao processo de impeachment de Moraes que está estagnado no Senado. A escolha de Belo Horizonte como local do ato é estratégica, por ser a base eleitoral de Pacheco. Segundo Cristiano Reis, um dos organizadores do evento, “a manifestação é para mostrar a insatisfação de várias bases de direita, conservadora, com a atuação de Rodrigo Pacheco como presidente do Senado”.

Críticas de Nikolas Ferreira

Durante seu discurso, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) atacou duramente Rodrigo Pacheco, chamando-o de “covarde” por não avançar com o processo de impeachment de Alexandre de Moraes. Ferreira afirmou que muitos mineiros votaram em Pacheco nas eleições de 2018 por considerá-lo o “menos pior”, mas que agora prefeririam ter eleito Dilma Rousseff (PT), candidata derrotada naquela eleição. Segundo ele, “pelo menos Dilma nos faria rir”, referindo-se a Pacheco como alguém que “não tem coragem de enfrentar o STF”.

Ferreira também aludiu à origem de Pacheco, que nasceu em Porto Velho, Rondônia, mas foi eleito senador por Minas Gerais. “Tinha que mandar ele de volta para Rondônia”, disse, em tom irônico, enquanto discursava para os apoiadores que o aplaudiam.

Pressão sobre Pacheco para Pautar o Impeachment

O processo de impeachment de Alexandre de Moraes, apresentado ao Senado no início de setembro, ganhou força entre senadores e deputados da oposição, mas ainda não conseguiu o número necessário de assinaturas para avançar. A decisão final sobre a continuidade ou arquivamento do processo está nas mãos de Pacheco, que não tem dado sinais de que irá pautar o pedido. Durante visita à capital mineira no último dia 13 de setembro, Pacheco afirmou que o pedido está sob análise da Advocacia Geral da União (AGU) e ressaltou a importância do diálogo entre os poderes, sem indicar um prazo para sua decisão.

Este protesto em Belo Horizonte segue uma série de manifestações de cunho conservador que têm se intensificado desde o Dia da Independência, em 7 de setembro. Naquele dia, atos pró-governo e críticas ao STF foram registrados em várias cidades brasileiras, com destaque para a Avenida Paulista, em São Paulo, onde uma grande mobilização ocorreu.

Entre os principais objetivos dos manifestantes está pressionar Pacheco a avançar com o processo de impeachment de Moraes, visto por muitos como uma figura chave nos processos judiciais que envolvem apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Deputados como Marcel Van Hattem (Novo-RS) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE), presentes no ato, defendem que o afastamento de Moraes é necessário para “restaurar a harmonia entre os poderes” e garantir a independência do Legislativo em relação ao Judiciário.


 

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