A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou em primeiro turno, nesta quarta-feira (9), o polêmico Projeto de Lei 911/2024, que permite a instalação de painéis luminosos na Praça Sete, localizada no coração da capital mineira. O projeto, de autoria do vereador Wanderley Porto (PRD), visa modificar o Plano Diretor de BH para possibilitar publicidade luminosa em monumentos históricos da área, inspirando-se em cenários icônicos como a Times Square, em Nova York.
Durante a votação, houve um acalorado debate entre Porto e o vereador Pedro Patrus (PT), que se opôs ao projeto. Porto argumentou que a medida traria mais visibilidade e turismo para a cidade. “Queremos trazer entretenimento, movimento e colocar BH no cenário internacional”, disse o autor do projeto. Ele defendeu a proposta como uma oportunidade de modernizar a capital.
Por outro lado, Patrus criticou a iniciativa, classificando-a como uma ameaça ao patrimônio histórico e uma forma de poluição visual. “Esse projeto não foi amplamente discutido com a cidade, com os moradores do centro ou com o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico. É uma agressão ao nosso patrimônio e à arquitetura do centro”, afirmou o vereador.
A votação resultou em 34 votos favoráveis, cinco contrários e uma abstenção. O projeto agora passará por três comissões antes de retornar ao plenário para uma segunda votação.
Enquanto Wanderley Porto defende o projeto como um avanço para o desenvolvimento urbano e turístico, Pedro Patrus pede mais diálogo com a sociedade e acredita que o projeto pode trazer consequências negativas sem um planejamento adequado. “Precisamos ouvir mais as pessoas que vivem e circulam na região”, reforçou Patrus, destacando a importância de um debate mais aprofundado sobre a proposta.
Se aprovado em definitivo, o projeto poderá transformar a Praça Sete em um centro luminoso de publicidade, alterando a paisagem de um dos pontos mais tradicionais de Belo Horizonte.
