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BH inaugura núcleo especializado para crianças e adolescentes com autismo na Santa Casa


A partir desta segunda-feira (26), a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (Santa Casa BH) passa a oferecer um novo ponto de atendimento multiprofissional dedicado a crianças e adolescentes — de 0 a 18 anos — diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A iniciativa faz parte do Programa Entrelaçar, lançado pelo Álvaro Damião, prefeito de Belo Horizonte, na última sexta-feira (24).

Segundo a prefeitura da capital mineira, o programa Entrelaçar tem como meta “fortalecer e ampliar o atendimento às pessoas com TEA”, com foco em diagnóstico, reabilitação, planos terapêuticos individualizados e integração entre as redes de saúde, educação, esporte e cultura.
No lançamento, o prefeito Damião destacou que o programa busca “juntar a Secretaria de Saúde, com a de Educação, com a de Esportes, com a de Cultura (…) e mostrar para as pessoas que a gente está preocupado e busca melhorar a vida daqueles que moram em Belo Horizonte”.

Detalhes do novo serviço

A unidade da Santa Casa voltada ao TEA atenderá crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, com prioridade para a faixa de 2 a 12 anos — considerada estratégica para intervenção precoce.
A equipe multiprofissional contará com neuropediatra, psiquiatra infantil, psicólogo, enfermeiro, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pedagogo, fisioterapeuta e nutricionista.

A previsão é de cerca de 80 atendimentos por mês nesta nova unidade. Os encaminhamentos serão feitos exclusivamente pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, via regulação — não haverá atendimento por procura espontânea.
Na sequência, conforme os pacientes evoluírem, haverá o processo de “referenciação” de volta à atenção básica ou centros de saúde, garantindo a continuidade do cuidado de forma integrada.

Contexto e relevância

A criação do núcleo no âmbito do programa Entrelaçar ocorre em meio a uma escalada de solicitações para serviços especializados em autismo na cidade. Conforme o secretário de Saúde, houve um aumento de 37% nas solicitações de atendimento especializado para TEA entre 2024 e 2025.
A capital já conta com 153 Centros de Saúde, 5 Centros de Referência em Reabilitação (CREABs), 595 equipes de Saúde da Família, 83 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF-AB), 4 ambulatórios de neuropediatria, 9 equipes complementares de saúde mental e 11 Centros de Referência em Saúde Mental (Cersams / Cersamis). O Entrelaçar vai agregar a essas estruturas com foco específico no TEA.

O que muda para famílias e para o sistema

Para as famílias, o novo serviço representa um acesso mais direto a uma equipe especializada, com atendimento adequado e focado numa faixa etária em que a intervenção pode fazer maior diferença.
Para o sistema municipal de saúde, o ponto especializado representa um esforço para desafogar filas de espera, racionalizar encaminhamentos e garantir protocolos de cuidado mais estruturados para o TEA — tema que exige articulação entre serviço de saúde, educação e assistência social.

Desafios e pontos de atenção

Apesar do avanço, permanecem desafios: a demanda por serviços especializados para TEA segue elevada, e a implantação de novos núcleos além da Santa Casa BH ainda está em articulação.
Além disso, a articulação entre os setores (saúde, educação, cultura, esporte) requer continuidade, monitoramento e recursos para que a proposta de “linha de cuidado” integrada funcione de fato.
Outro ponto: garantir que o atendimento multiprofissional seja mantido com qualidade, que os fluxos funcionem bem e que os pacientes não percam a continuidade ao serem referenciados de volta à atenção básica.

Conclusão

O lançamento do núcleo especializado para crianças e adolescentes com TEA na Santa Casa de BH dentro do programa Entrelaçar representa um passo importante para a cidade. Ao combinar diagnóstico, reabilitação, cuidado interdisciplinar e integração da rede, a iniciativa se alinha às melhores práticas de atenção ao autismo. Resta acompanhar se os objetivos de ampliação, eficiência e qualidade serão plenamente alcançados — e se o modelo poderá ser expandido para atendimento em outras regiões da capital.

Leia mais: BH inaugura núcleo especializado para crianças e adolescentes com autismo na Santa Casa

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