Minas Gerais registrou um aumento alarmante nos casos de febre oropouche, com diagnósticos saltando de 4 para 74 em apenas quatro dias, representando um aumento de 1.750%. A Fundação Ezequiel Dias (Funed), através do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), analisou 427 amostras de casos suspeitos que não foram detectados para dengue, zika e chikungunya, confirmando a presença da febre oropouche.
A Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES-MG) informou que as amostras foram coletadas entre março e abril, com as análises ocorrendo em maio. A maioria dos casos confirmados está concentrada no Vale do Aço. A SES-MG está monitorando a situação através do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas).
Distribuição dos casos confirmados:
- Congonhas: 1 caso (URS Barbacena)
- Gonzaga: 1 caso (URS Governador Valadares)
- Ipatinga: 2 casos (URS Coronel Fabriciano)
- Coronel Fabriciano: 26 casos (URS Coronel Fabriciano)
- Joanésia: 30 casos (URS Coronel Fabriciano)
- Mariléia: 1 caso (URS Coronel Fabriciano)
- Timóteo: 11 casos (URS Coronel Fabriciano)
Sobre a Febre Oropouche: A febre oropouche é uma zoonose causada pelo vírus oropouche, identificada no Brasil na década de 1960 e circulante na região amazônica nos últimos dez anos. É transmitida pela picada do mosquito Culicoides paraensis, que tem ciclos silvestres e urbanos, e pode infectar humanos e mamíferos como macacos e bichos-preguiça.
Sintomas da Febre Oropouche: Os sintomas incluem febre, dores no corpo e na cabeça, dor nas articulações (artralgia), dor muscular (mialgia), calafrios, náuseas e vômitos, durando até uma semana. Em casos raros, pode haver complicações neurológicas como encefalite ou meningite.
Tratamento e Cuidados: Para pacientes suspeitos, recomenda-se repouso, hidratação, uso de repelente e permanência em ambientes com ar condicionado para evitar novas picadas durante o período de viremia.