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Eleições 2024: Apenas 15,6% dos eleitores em BH optam pela esquerda

Preferência por Direita e Centro Predomina nas Intenções de Voto

A última pesquisa DATATEMPO revelou que a esquerda precisará se reinventar para ser competitiva nas eleições de outubro de 2024. Segundo o levantamento, realizado entre 31 de maio e 3 de junho e registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) sob o número 06115/2024, os quatro primeiros colocados são de direita ou centro.

A pesquisa indica que 41,1% dos entrevistados preferem políticos da direita, destacando os deputados estaduais Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL). Outros 20,1% optam por candidatos de centro, como o prefeito Fuad Noman (PSD) e o ex-deputado João Leite (PSDB). Apenas 15,6% dos entrevistados demonstraram preferência por candidatos de esquerda, como os deputados federais Duda Salabert (PDT) e Rogério Correia (PT).

O histórico das últimas eleições gerais em BH reforça a preferência pela direita. Em 2022, Lula (PT) perdeu para Jair Bolsonaro (PL) na capital mineira, e Romeu Zema (Novo) venceu tanto no primeiro quanto no segundo turno. Na pesquisa atual, Tramonte lidera com 22,8%, seguido por Engler com 10,1%. O primeiro candidato de esquerda, Duda Salabert, aparece na quinta posição com 7,7%, enquanto Correia está em sexto com 6,2%.

Bruna Assis, cientista social e analista da DATATEMPO, aponta uma afinidade crescente dos eleitores de BH com ideias de direita. Ela ressalta que 65% dos eleitores ainda não têm um candidato definido, o que pode favorecer nomes mais conhecidos e alinhados à direita. Christopher Mendonça, professor de ciência política no Ibmec, acredita que o apoio da esquerda ao governo de Fuad Noman prejudicou sua posição, abrindo espaço para a direita crescer. Ele prevê um segundo turno entre Tramonte e Engler, ambos de direita.

Camilo Aggio, professor da UFMG, destaca que a esquerda em BH precisa se reestruturar, pois foi “arrasada completamente” por gestões passadas. Ele ressalta a necessidade de trazer à tona boas gestões de outras lideranças de esquerda para fortalecer os pré-candidatos em BH.

A dificuldade de união entre os candidatos de esquerda no primeiro turno, devido a questões de ego e falta de convergência, é um obstáculo histórico. Mesmo com alianças como a de Bella Gonçalves (PSOL) e Rogério Correia, a esquerda ainda enfrenta desafios para formar uma chapa unida, o que não acontece há quase quatro décadas.


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