A incidência crescente da febre oropouche em Minas Gerais, com 72 casos confirmados em apenas quatro dias, levanta a possibilidade de que a doença possa ter sido confundida com casos de dengue ou chikungunya devido à semelhança nos sintomas. A Secretaria de Estado de Saúde acredita que o vírus circula no estado desde o ano passado, mas só agora os testes específicos estão sendo amplamente aplicados.
O aumento súbito no número de casos levanta questões sobre a real magnitude da epidemia de dengue no estado, com 795.820 infecções relatadas em 2024, a maior já registrada. De acordo com o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, os exames para febre oropouche começaram após a confirmação da doença em estados vizinhos.
A febre oropouche, que apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e da chikungunya, pode ter sido subdiagnosticada no passado. No entanto, agora os testes específicos estão sendo incorporados à rotina da secretaria, o que deve reduzir erros de diagnóstico no futuro.
Embora o número de casos tenha aumentado rapidamente, o secretário tranquiliza a população, afirmando que não será necessário expandir a capacidade hospitalar. Até o momento, não houve relatos de transmissão pelo Aedes aegypti, o mosquito responsável pela dengue, chikungunya e zika.
O tratamento para a febre oropouche é semelhante ao de outras doenças transmitidas por mosquitos, com foco na gestão dos sintomas. No entanto, certos grupos, como idosos, bebês, grávidas e imunossuprimidos, podem estar mais vulneráveis a formas graves da doença.
A falta de um medicamento específico e de vacinas torna a prevenção e o tratamento da febre oropouche um desafio. Por enquanto, é essencial manter a hidratação adequada, controlar a dor e a febre, e evitar medicamentos que aumentem o risco de hemorragia.
O rápido aumento de casos destaca a importância da vigilância epidemiológica e da resposta rápida das autoridades de saúde para controlar surtos de doenças emergentes.
