Professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais iniciarão uma greve de 48 horas a partir desta quarta-feira (12 de março). A decisão foi tomada em assembleia realizada pela categoria no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, em 22 de fevereiro. A paralisação tem o objetivo de pressionar o governo estadual a respeito dos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de dezembro de 2023, além de exigir um reajuste salarial conforme o piso nacional.
Denise Romano, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), destacou a importância da greve para negociar a pauta econômica com o governo do Estado. Os professores reivindicam melhores condições salariais, apontando que Minas Gerais possui um dos piores vencimentos básicos para profissionais da educação no país.
Os servidores também exigem que o Executivo estadual utilize corretamente os recursos do Fundeb, destinando-os à educação conforme determinado. Além disso, solicitam um reajuste salarial de acordo com o piso nacional estabelecido pelo Ministério da Educação, que atualmente está em R$ 4.580,57. Outro ponto de reivindicação é a derrubada do veto do governador Romeu Zema, que negou o direito de assistência médica do Ipsemg aos profissionais aposentados pelo INSS.
A greve ocorrerá nesta quarta e quinta-feira (13 e 14), com diversas atividades programadas, incluindo uma Audiência pública na ALMG para debater o veto do governador ao projeto de lei sobre o Ipsemg, além de atos regionais e diálogos com deputados em várias regiões de Minas. A reportagem procurou o governo de Minas para comentar sobre a paralisação e as demandas dos servidores e aguarda retorno.
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