Minas Gerais enfrenta a maior epidemia de dengue da história, atingindo a marca preocupante de 1 milhão de casos prováveis da doença, conforme dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG). Mesmo com uma queda na curva epidemiológica, o estado continua apresentando altos índices de notificações, respondendo por um terço dos casos prováveis de dengue no Brasil.
Os números mais recentes revelam que Minas Gerais registra 997.108 casos prováveis de dengue, com uma incidência de 4.854,8 casos por 100 mil habitantes. Esses números colocam o estado logo atrás do Distrito Federal, que, apesar de ter registrado 209.164 notificações, possui uma incidência maior devido à sua população menor (7.424,9 casos por 100 mil habitantes). Minas Gerais lidera o ranking nacional em números absolutos, concentrando metade dos casos prováveis da Região Sudeste.
Os dados alarmantes são ainda mais evidentes quando consideramos o aumento de mais de 73 mil casos prováveis da doença em apenas uma semana, de acordo com a SES-MG. Até o momento, o estado contabiliza 277 mortes confirmadas por dengue, com outras 677 em processo de investigação. Os casos confirmados de dengue em 2024, totalizando 419,2 mil, já ultrapassaram os registros de todo o ano passado.
Apesar da desaceleração dos registros nas últimas semanas, a capital mineira permanece em alerta, com 131.690 casos prováveis de dengue e 32.247 confirmados. O foco atual está na assistência à população, com cinco centros de saúde em Belo Horizonte abertos durante o fim de semana para atender pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika.
Enquanto isso, a cidade enfrenta também um aumento nos casos de doenças respiratórias, com esforços concentrados na vacinação contra a gripe. Neste sábado (13/4), todos os 152 postos de saúde da capital estarão abertos para o Dia D de vacinação, visando imunizar grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.
