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Minas Gerais confirma quatro casos de Febre Oropouche 

Casos foram identificados em Ipatinga, Gonzaga e Congonhas; sintomas são semelhantes aos da dengue, zika e chikungunya.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou quatro casos de febre Oropouche, sendo dois em Ipatinga, um em Gonzaga, e outro em Congonhas. As contaminações foram detectadas a partir de amostras de sangue coletadas devido à suspeita de dengue, chikungunya ou zika.

A febre Oropouche, apesar de ter sido identificada no Brasil pela primeira vez em 1960, não teve registros de casos ou óbitos em Minas Gerais até maio de 2024. Desde a confirmação dos novos casos, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado (Cievs-Minas) acompanha a evolução e conduz a investigação epidemiológica.

Em 14 de maio, o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre a disseminação do vírus no país. Até aquela data, foram registrados 5.102 casos, com a maioria na Amazônia e Roraima. Casos também foram reportados na Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explicou que a vigilância para a febre Oropouche foi introduzida recentemente, com orientações clínicas específicas e a distribuição de testes para a rede de laboratórios centrais (Lacen). Esse esforço tem permitido o diagnóstico correto e o monitoramento da nova arbovirose.

Sintomas e Diagnóstico

A febre Oropouche é transmitida pelo mosquito culicoides, também conhecido como borrachudo. Os sintomas são semelhantes aos da dengue, zika e chikungunya: dor muscular, cefaleia, dores nas articulações, náusea, vômito e diarreia. Um traço distintivo é a recidiva dos sintomas uma a duas semanas após a febre inicial.

Embora os quadros clínicos sejam geralmente benignos, complicações como meningite, encefalite e hemorragias podem ocorrer, especialmente em pacientes imunossuprimidos. O diagnóstico é feito por exames laboratoriais de biologia molecular (RT-qPCR) e isolamento viral, realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais.

Notificação e Tratamento

A febre Oropouche é uma doença de notificação compulsória, e os casos suspeitos ou confirmados devem ser comunicados ao Cievs-MG em até 24 horas. Não há vacinas ou tratamentos antivirais específicos; o manejo é focado em aliviar os sintomas, com repouso e medicamentos para dor e febre. Casos complicados podem necessitar de hospitalização.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais recomenda que a população fique atenta aos sintomas e procure atendimento médico caso suspeite de infecção, especialmente se testes para outras arboviroses derem negativo.


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