Minas Gerais destaca-se como o estado com o maior número de casos de chikungunya no Brasil, registrando quase 54 mil casos prováveis e 21 mortes confirmadas. A incidência da doença no estado é seis vezes maior que a média nacional, com coeficiente de 262,8 casos a cada 100 mil habitantes. Em comparação com outros estados, o Espírito Santo e o Mato Grosso do Sul ocupam as segunda e terceira posições, respectivamente.
O Vale do Rio Doce é uma das áreas mais afetadas pela chikungunya, com 96 municípios com alta ou muito alta incidência da doença. No entanto, apesar da alta mortalidade causada pela enfermidade, o número de casos prováveis é menor se comparado à epidemia de dengue que assola o estado.
Em 2023, Minas Gerais enfrentou um recorde de casos de chikungunya, com mais de 101 mil casos prováveis. No ano passado, houve uma disseminação territorial do vírus, especialmente na Região Sudeste, antes concentrado no Nordeste.
As características clínicas da chikungunya são semelhantes às da dengue, com destaque para dores articulares incapacitantes. A doença apresenta três fases de evolução, sendo a fase crônica com dores articulares persistentes em mais de 50% dos casos.
O combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya, segue intensificado em Minas Gerais. Um novo mutirão está programado para 23 de março, envolvendo cerca de 350 municípios. A população é incentivada a participar de ações de eliminação de focos do mosquito e conscientização sobre a prevenção da doença.
Além da chikungunya, Minas enfrenta uma epidemia de dengue, com mais de 577 mil casos prováveis e 211 mil casos confirmados, além de 88 mortes confirmadas. Quanto ao vírus zika, foram registrados 122 casos prováveis e 14 confirmações, sendo importante ressaltar que desde 2018 não há casos confirmados por métodos diretos de identificação viral.
