Um estudo divulgado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), vinculado ao Governo do Espírito Santo, revelou que Minas Gerais acompanhou a tendência nacional de redução da pobreza e extrema pobreza em 2023. Segundo o levantamento, aproximadamente 1,4 milhão de mineiros saíram da linha da pobreza no ano passado, e mais de 205 mil deixaram de viver em situação de extrema pobreza, caracterizada por um rendimento diário inferior a R$ 10 por pessoa.
Os dados, obtidos a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apontaram uma queda significativa nas taxas de pobreza em Minas Gerais. A taxa de pobreza caiu de 27,1% em 2022 para 20,2% em 2023, representando uma redução de 6,9 pontos percentuais. Já a taxa de extrema pobreza diminuiu de 3,2% para 2,2% no mesmo período, uma queda de 1 ponto percentual.
O estudo também revelou que o rendimento médio mensal da população mineira em 2023 foi de R$ 2.753. Os critérios de pobreza e extrema pobreza utilizados pelo Banco Mundial, convertidos por meio de Paridade de Poder de Compra (PPC), estabelecem um limite de R$ 664,02 mensais por pessoa para pobreza e R$ 208,42 para extrema pobreza.
O governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese-MG), vem implementando políticas públicas focadas na melhoria da qualidade de vida da população. Iniciativas como o programa Percursos Gerais, que atua em áreas rurais com maior vulnerabilidade social, e ações de capacitação e planejamento habitacional têm contribuído para a geração de renda e inclusão social.
No cenário nacional, o Brasil registrou em 2023 os menores índices de pobreza desde o início da série histórica em 2012, com reduções expressivas nas taxas de pobreza e extrema pobreza em praticamente todos os estados. Apesar dos avanços, ainda persistem desafios relacionados à desigualdade regional, especialmente nos estados do Norte e Nordeste do país.