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Negociações avançam: Rodovia alternativa para carretas de minério na BR-040 pode se tornar realidade até junho, revela Ministério Público

O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, destacou que as negociações estão em estágio avançado, faltando apenas ajustes para selar o acordo.

O cotidiano das rodovias de Minas Gerais pode estar prestes a mudar, especialmente para aqueles que trafegam diariamente pela BR-040. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) está em processo avançado de negociação para concluir, até o final de junho, um acordo entre empresas mineradoras e prefeituras locais. O objetivo é estabelecer uma “rodovia do minério”, uma alternativa para o transporte desse material, atualmente responsável por cerca de 2.600 viagens de carretas diariamente em um trecho de 54 km entre Nova Lima e Conselheiro Lafaiete, na região central do estado. Essa iniciativa é apoiada pela Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig).

Desde novembro de 2023, as negociações, mediadas pelo Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica do MPMG (Compor), envolvem pelo menos seis prefeituras, dez mineradoras e a Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Paraopeba (Amalpa). Até o momento, foram realizadas 14 reuniões, com novos encontros previstos para os próximos meses visando finalizar o protocolo de intenções para a execução da nova via.

O acordo em andamento também inclui os governos estadual e federal, e abrange o desvio de carretas de minério na BR-356, entre Itabirito e Ouro Preto, na região central. Estima-se que, juntas, essas rodovias registrem o fluxo de 1.500 carretas de minério por dia.

O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, destacou que as negociações estão em estágio avançado, faltando apenas ajustes para selar o acordo. Segundo ele, isso representará um marco na busca por soluções para o transporte de minério na região.

O prefeito de Congonhas e coordenador do grupo de trabalho sobre a BR-040 na Amig, Cláudio Antônio de Souza (PSD), também demonstrou otimismo em relação às negociações mediadas pelo Ministério Público, destacando a cooperação das mineradoras.

As prefeituras envolvidas na negociação pleiteiam o uso de estradas já existentes para desviar o tráfego de carretas de minério que atualmente passam pelas BRs 040 e 356. No entanto, isso exigirá obras de alargamento, compactação e pavimentação das estradas, além da construção de trechos adicionais. Também será necessário implementar um terminal ferroviário para facilitar o escoamento do material extraído.

Apesar da complexidade da proposta, Waldir Salvador, consultor institucional e econômico da Amig, defende que a “rodovia do minério” é a solução mais viável para melhorar a trafegabilidade e reduzir os acidentes nos trechos afetados pela mineração.

Embora o custo total da obra ainda não seja conhecido, representantes da Amig ressaltam que o acordo em negociação é apenas o primeiro passo para sua concretização. A conclusão das obras pode levar até quatro anos, de acordo com Waldir Salvador.

A possibilidade de desviar o tráfego de carretas de minério também é apoiada pela Prefeitura de Ouro Preto, que observa o impacto negativo do tráfego intenso na rodovia, afetando até mesmo o turismo da região.

Waldir Salvador enfatiza a importância de o Ministério Público continuar acompanhando o cumprimento do acordo pelas empresas mineradoras, garantindo que as medidas acordadas sejam implementadas.


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