Os deputados estaduais de Minas Gerais rejeitaram seis emendas propostas pela oposição ao projeto de lei que inicialmente previa um reajuste de 3,62% aos servidores públicos estaduais. A votação, concluída em primeiro turno, aprovou a nova emenda acordada com a base do governo, elevando o reajuste para 4,62%, e agora o projeto segue para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO). A votação em segundo turno está prevista para esta quarta-feira (5) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Na manhã desta terça-feira (4), o governador Romeu Zema (Novo) anunciou, após negociações com sua base na Assembleia, a proposta de emenda que ajusta o índice de reajuste para 4,62%, contemplando a inflação de 2023 medida pelo IPCA. Esta proposta foi formalizada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite (MDB), e recebeu apoio tanto de deputados da base quanto da oposição.
A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) ainda analisará a emenda que aumenta o índice para 4,62%. Se aprovada na comissão, o projeto seguirá para votação em segundo turno já com o índice atualizado.
Apesar do avanço, deputados da oposição, que pressionam por um aumento maior, também assinaram a emenda de 4,62%. No entanto, eles consideram o reajuste insuficiente e apresentaram uma nova emenda que propõe um aumento de 5,79%, o que elevaria o reajuste total para 10,67% ao somar a inflação de 2022 e 2023. Esta nova proposta também será analisada pela FFO nesta tarde.
A votação foi acompanhada por servidores dos setores de saúde, educação e segurança, que exigem um aumento de 10,67% para cobrir as perdas inflacionárias acumuladas dos últimos dois anos. Eles protestaram durante a sessão, criticando o reajuste proposto pelo governador Zema, que chamaram de “projeto de migalhas,” e declararam que o aumento de 4,62% não é suficiente para suspender as manifestações e o estado de greve.
