O levantamento de bens declarados pelos vereadores de Belo Horizonte revelou um aumento de R$ 8,6 milhões em patrimônio acumulado pelos 41 parlamentares da cidade nos últimos quatro anos. A análise, feita com base nos registros de candidaturas, comparou os valores declarados nas eleições de 2020 e os números atuais para o pleito de 2024.
Entre os vereadores, 25 apresentaram crescimento patrimonial, enquanto 13 declararam menos bens do que na eleição anterior. Dois parlamentares, Janaína Cardoso e Miltinho CGE, que haviam informado bens em 2020, declararam não possuir patrimônio em 2024. Outros três vereadores, Iza Lourença, Marcos Crispim e Ramon Bibiano, mantiveram-se sem declarar bens.
Percentualmente, os maiores aumentos patrimoniais foram registrados por Rubão e Loíde Gonçalves. Rubão viu seus bens saltarem de R$ 1.400 para R$ 36.643,24, um crescimento de 2.517%. Já Loíde Gonçalves passou de R$ 24 mil para R$ 550.550, registrando um aumento de 2.193%.
Em termos absolutos, o maior acréscimo foi de Álvaro Damião, que declarou um patrimônio de R$ 1,7 milhão, um aumento de R$ 1,5 milhão em relação a 2020. Damião, que concorre a vice-prefeito ao lado de Fuad Noman, justificou o aumento pela compra de um apartamento.
Por outro lado, Bruno Pedralva apresentou a maior queda no patrimônio, com uma redução de R$ 442 mil em relação aos mais de R$ 843 mil declarados quatro anos atrás. Pedralva explicou que a mudança se deve ao fato de, anteriormente, ter feito uma declaração conjunta com sua esposa, enquanto agora fez uma individual.
Miltinho CGE e Janaína Cardoso explicaram suas declarações de ausência de bens por mudanças pessoais, como venda de veículos e questões familiares.