Mesmo preso, Pedro Paulo Ferreira Lima, conhecido como ‘Paulinho Satan’, apontado como mandante da chacina ocorrida no fim de maio durante uma festa infantil em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, defendeu-se das acusações. Em áudios gravados dentro da prisão e obtidos pela rádio Itatiaia, ele afirmou que não autorizou seus aliados a “darem tiro em crianças”. O ataque resultou em três mortes e quatro feridos, incluindo um pai e seu filho.
Declarações do Acusado
Nos áudios, ‘Paulinho Satan’ tenta justificar suas ações e alega que pediu repetidamente para que seus comparsas não entrassem na festa devido à presença de crianças. “A todo momento eu pedi os meninos pra não fazer besteira, pra não entrar lá porque tinha criança […]. Não teve aval meu para entrar lá e dar tiro na criança” (sic), disse ele.
Em outra gravação, ele afirma estar explicando a situação por “transparência” e alegou que destruiu o celular ao perceber a chegada dos militares, o que impossibilita a prova de que ele teria mandado abortar o ataque. “Eu tenho a total consciência que tinha criança lá. Estou passando a visão pra todos na transparência. Se eu menti, o crime vai cobrar de mim” (sic), concluiu.
O Crime
A chacina, que resultou na morte de duas crianças, de 9 e 11 anos, e de um homem de 26 anos, está relacionada à guerra do tráfico de drogas no Morro Alto, em Vespasiano, segundo a Polícia Militar (PM). Ao todo, sete pessoas foram baleadas durante o ataque.
Processo Judicial
Oito pessoas envolvidas no crime se tornaram réus pelas mortes. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes e responsabilidades do caso, enquanto a comunidade de Ribeirão das Neves permanece abalada pela tragédia.
A defesa de ‘Paulinho Satan’ será analisada no decorrer do processo judicial, onde as gravações e outras evidências serão fundamentais para determinar a veracidade das suas alegações e sua real participação no planejamento e execução da chacina.
