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Governo de Minas Gerais recolhe cigarros em 80% das unidades prisionais

O prazo para recolhimento de cigarros nas pequenas unidades prisionais e nos Centros de Remanejamento Provisório (Ceresps) de Minas Gerais termina nesta quarta-feira (31 de julho). Segundo o diretor geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), Leonardo Badaró, 80% das unidades prisionais já não possuem mais tabaco.

A proibição, que inicialmente afetava 46% dos presídios, foi ampliada para todas as 171 unidades devido a questões de saúde e segurança. A retirada dos cigarros está ocorrendo em duas etapas: a primeira fase, que termina hoje, abrange as unidades de pequeno porte e os Ceresps. A segunda fase, que se estenderá até 31 de agosto, inclui os maiores complexos prisionais. Atualmente, 136 das 171 unidades estão livres de cigarros.

A partir de agosto, haverá intensificação das ações de conscientização entre familiares e presos para garantir a retirada completa dos cigarros até o fim do mês. Em algumas unidades, como os maiores Ceresps de Belo Horizonte e Betim, o confisco ocorreu em meados de julho, com apoio do Comando de Operações Especiais (COPE) para garantir uma retirada pacífica.

Apesar do prazo até 31 de agosto para as grandes unidades, o Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, já proibirá a entrada de cigarros a partir de hoje, permitindo que os presos fumem o restante até o fim do prazo.

Repercussões da Medida

Magno Soares, diretor de comunicação do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais (Sindppen-MG), afirmou que a medida tem sido implementada sem grandes problemas, destacando que a proibição do cigarro evita o fumo passivo e a entrada de drogas disfarçadas em cigarros.

Por outro lado, Maria Teresa dos Santos, coordenadora da Associação de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade, criticou a medida, considerando-a perversa. Ela destacou que a retirada abrupta do cigarro pode causar motins e ansiedade entre os presos, já que o tratamento de vícios deve ser gradual. Além disso, apontou a falta de tratamento adequado para outras doenças no sistema prisional e alertou para possíveis problemas, como aumento da corrupção e brigas entre presos.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirmou que o processo de recolhimento está ocorrendo conforme o planejado, sem registros de incidentes significativos relacionados à segurança das unidades prisionais.


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