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Líder do TCP é acusado de fornecer fuzil do Comando Vermelho para disputa no Jardim Felicidade, em BH

A disputa pelo controle do tráfico no bairro Jardim Felicidade, em Belo Horizonte, tem sido intensificada pelo fornecimento de armas pela facção carioca Terceiro Comando Puro (TCP), que controla a Cabana do Pai Tomás, na capital mineira. O TCP, rival do Comando Vermelho, está envolvido em um processo judicial relacionado à guerra entre gangues no bairro.

Na quarta-feira (7 de agosto), O TEMPO obteve detalhes de um processo baseado em um inquérito da Polícia Civil que investiga uma organização criminosa no Jardim Felicidade. Em 17 de julho, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão contra um casal, apreendendo pistolas de uso restrito. O casal e outras seis pessoas foram presos, incluindo um homem de 34 anos, líder do TCP na Cabana do Pai Tomás.

O processo revela que o TCP forneceu armamento bélico, incluindo um fuzil do Comando Vermelho, para a “Gangue do Brejo” (GB), que disputa o domínio da região com a “Gangue da Rua 38”. A guerra entre essas facções tem causado grande temor entre os moradores do Jardim Felicidade.

Na última quarta-feira, a Polícia Civil também prendeu 20 pessoas envolvidas na disputa. Mais tarde, a Polícia Militar deteve um jovem de 26 anos com drogas, identificado como sobrinho de Roni Peixoto, traficante assassinado em 2022 e ligado a Fernandinho Beira-Mar.

Foguetório na Cabana

O foguetório que durou mais de 10 minutos na madrugada de quarta-feira (7) na Cabana do Pai Tomás também está relacionado à disputa no Jardim Felicidade. O show de fogos foi uma celebração pela revogação da prisão preventiva de um homem de 42 anos, investigado por envolvimento com a GB. Imagens e vídeos do evento, compartilhados nas redes sociais, mostram o uso de bandeiras de Israel, símbolo do TCP.

A Justiça alegou que a decisão de revogar a prisão foi baseada na falta de cumprimento do mandado e na opinião do Ministério Público de Minas Gerais, que não encontrou requisitos para o decreto prisional. A mesma decisão negou a liberdade de um homem de 36 anos, preso com sua esposa e envolvido na guerra entre gangues. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o suspeito estava sob monitoração eletrônica até fevereiro de 2023 e que ainda há um mandado de prisão em aberto.


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