O Ministério Público de Minas Gerais denunciou 15 funcionários de uma clínica terapêutica em Machado por crimes graves, incluindo tortura, cárcere privado e tráfico de drogas. A denúncia segue a interdição do centro em junho de 2024, após uma fiscalização que revelou sérias irregularidades.
Entre os denunciados estão diretores, médicos, enfermeiros e supervisores, com três deles atualmente presos preventivamente. Durante a inspeção, foi descoberta uma sala de tortura equipada com objetos usados para imobilização e punição dos internos, que eram mantidos em condições desumanas. A clínica, que alegava ser um centro de reabilitação para dependentes químicos, foi flagrada operando sem a devida autorização e em condições sanitárias precárias.
O gerente do centro, que tentou fugir durante a operação policial, foi preso em flagrante. Foram apreendidos cheques, dinheiro e comprovantes de depósito com ele. Além disso, a fiscalização encontrou alimentos impróprios para consumo e medicamentos controlados sendo administrados sem prescrição médica, utilizados para sedar os internos.
O Ministério Público também está buscando indenizações por danos morais para as vítimas e solicita que ex-internos não identificados se apresentem à Polícia Civil. A clínica, que não respondeu às solicitações de contato, continua sendo investigada pela Polícia Civil, que trabalha para responsabilizar todos os envolvidos pelos abusos cometidos.
O caso expõe a gravidade das condições encontradas e reforça a necessidade de rigor na fiscalização de instituições de tratamento e reabilitação. A continuidade das investigações é crucial para garantir justiça para as vítimas e evitar futuros abusos.
