O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), abriu um procedimento administrativo para apurar o disparo acidental de uma arma de fogo ocorrido na manhã desta segunda-feira (2 de setembro) dentro do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. O incidente deixou um médico levemente ferido.
O caso ocorreu durante a troca de plantão da escolta de presos na unidade hospitalar, no bairro Santa Efigênia. De acordo com informações preliminares da Sejusp, o disparo acidental foi feito por um policial penal enquanto recebia a arma de um colega. O tiro atingiu de raspão o pé de um médico, que foi prontamente socorrido e sofreu apenas ferimentos leves.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está investigando o incidente. Uma perícia foi realizada no local para coletar provas e esclarecer as circunstâncias do disparo.
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informou que as autoridades competentes estão acompanhando o caso. Em paralelo, o Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais (Sindppen-MG) destacou a necessidade de melhorias na segurança durante a escolta de presos em hospitais.
O sindicato tem cobrado insistentemente o acautelamento de armas para todos os policiais penais, apontando que a atual solução — que envolve o uso de caixas de areia para manuseio das armas — é apenas uma medida paliativa e não elimina os riscos, além de potencialmente causar transtornos devido ao ruído de eventuais disparos acidentais.
O incidente reacende o debate sobre a segurança em unidades hospitalares que recebem detentos, evidenciando a necessidade de medidas mais eficazes para proteger pacientes e profissionais de saúde.