Minas Gerais registra um dos piores cenários de queimadas em 2024, com mais de 21 mil focos de incêndio contabilizados até agora, quase igualando os 24 mil de 2021. O Corpo de Bombeiros e brigadistas estão em seu terceiro dia de combate às chamas na Serra da Piedade e na Serra do Caraça, duas áreas de proteção ambiental importantes para o estado.
Na Serra do Caraça, o fogo ameaça a área de mata ao redor do Santuário da Serra do Caraça, que abriga espécies nativas da Mata Atlântica e animais em extinção, como o lobo-guará. “Temos equipes atuando na zona de amortecimento com apoio de veículos terrestres e duas aeronaves”, informou o tenente Henrique Barcelos, do Corpo de Bombeiros.
Na Serra da Piedade, a principal preocupação é o vento que pode espalhar as chamas rapidamente, colocando em risco a área de preservação ambiental. Até o momento, os bombeiros não divulgaram o balanço da área destruída ou de animais resgatados.
Além dessas regiões, há ocorrências de queimadas em outros parques de Minas Gerais, incluindo a Serra do Brigadeiro, Serra do Papagaio e Serra do Cabral. A operação envolve mais de 180 bombeiros e brigadistas, que trabalham incessantemente para controlar os focos de incêndio em diversas áreas de proteção do estado.
A situação é crítica, e o Corpo de Bombeiros faz um apelo para que a população evite atividades que possam causar queimadas, principalmente em áreas sensíveis.