O aumento da criminalidade em Belo Horizonte trouxe um crescimento expressivo nos roubos a motoristas de aplicativo em 2024. Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), entre janeiro e setembro, houve um crescimento de 22% nos roubos a motoristas de aplicativo na capital, com um total de 388 registros, o que equivale a um assalto a cada 17 horas. Em Minas Gerais, o aumento também foi notável, passando de 764 para 852 ocorrências, um acréscimo de 11,5%.
O caso mais recente envolve a morte de um motorista de 40 anos, que levou dois tiros durante um assalto no bairro Bonsucesso. O veículo foi recuperado pela polícia pouco depois, mas o episódio acendeu um alerta para a insegurança enfrentada por esses trabalhadores, que são especialmente vulneráveis devido à natureza do trabalho, com dezenas de corridas diárias e constante exposição a possíveis armadilhas de criminosos.
A situação levou à aprovação, em outubro, de uma lei pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) exigindo que veículos de aplicativo tenham botões de pânico integrados a centrais de monitoramento dos aplicativos, permitindo contato direto com a Polícia Militar em emergências. A medida foi proposta após o aumento dos crimes e apesar de um veto inicial do governador Romeu Zema, posteriormente derrubado. Entretanto, a lei ainda aguarda regulamentação para ser implementada.
Simone Almeida, presidente do Sindicato dos condutores de veículos que utilizam aplicativo (Sicovapp), reforça que as fraudes nas contas de passageiro são facilmente acessíveis, aumentando o risco. A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) destacou o compromisso em melhorar a segurança dos motoristas, incluindo parcerias com a Polícia Militar para facilitar o acionamento de emergências.
Esse aumento no número de roubos a motoristas é apenas uma parte da crescente criminalidade na capital: os roubos de carros aumentaram 13% em Belo Horizonte no mesmo período.
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