Um detento de 22 anos, identificado como Yuri Gustavo Martins, foi encontrado morto dentro de uma cela do presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no último sábado (8).
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou o caso nesta segunda-feira (10) e informou que um procedimento interno foi aberto para apurar as causas e circunstâncias da morte.
De acordo com a Sejusp, o corpo foi localizado durante o horário de entrega do café da manhã, depois que outros presos chamaram os agentes, relatando que Yuri não respondia aos chamados.
Ao chegarem à cela, os policiais penais constataram que o jovem já estava sem vida. A perícia da Polícia Civil foi acionada e o corpo encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
Histórico e investigações
A direção da unidade instaurou um processo administrativo interno para investigar o ocorrido, enquanto a Polícia Civil conduz o inquérito que vai determinar a causa da morte.
Yuri Gustavo Martins estava preso desde 23 de outubro deste ano e já possuía passagens anteriores pelo sistema prisional, registradas desde agosto de 2021, segundo dados oficiais.
Até agosto de 2025, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apurava 20 mortes ocorridas dentro do mesmo presídio. Em outubro, uma nova morte foi registrada, e com o caso de Yuri, o total chega a 22 óbitos na unidade apenas neste ano.
A série de mortes vem sendo acompanhada por órgãos de controle e entidades de direitos humanos, que cobram mais transparência, fiscalização e melhores condições nas unidades prisionais mineiras.
Situação do sistema prisional mineiro
O presídio Antônio Dutra Ladeira é uma das maiores unidades do estado e abriga cerca de 1.800 detentos, segundo dados da Sejusp.
Nos últimos anos, o complexo tem enfrentado superlotação, falta de profissionais e recorrentes denúncias de maus-tratos e violência interna.
Em nota, a Sejusp reforçou que “todas as mortes ocorridas em unidades prisionais são apuradas rigorosamente” e que mantém cooperação com o MPMG e a Defensoria Pública para garantir a transparência dos procedimentos.
Contexto mais amplo
Casos de mortes dentro de presídios têm sido uma preocupação nacional. Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que o sistema prisional brasileiro registrou mais de 700 mortes entre 2023 e 2024, muitas delas por causas ainda não esclarecidas.
Em Minas Gerais, o governo anunciou em setembro um plano de reestruturação do sistema penitenciário, com reforço na segurança e novas diretrizes de saúde e monitoramento interno.
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