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Roubo de carga assola Minas Gerais: um crime a cada dois dias no primeiro semestre

Minas Gerais enfrenta uma epidemia de roubo de cargas, com registros alarmantes que revelam um crime praticado a cada dois dias durante o primeiro semestre deste ano. De acordo com um relatório da Secretaria de Segurança Pública, obtido pelo Jornal da Itatiaia, o estado já contabiliza quase 30% de todos os crimes dessa natureza ocorridos no ano passado.

As regiões metropolitanas de Belo Horizonte e as fronteiras com os estados da Bahia, São Paulo e Goiás despontam como os epicentros desses delitos em Minas Gerais. As rodovias mais afetadas incluem a BR-251, no Norte do estado, a BR-262, no Triângulo Mineiro, a BR-040, na Zona da Mata, e a rodovia Fernão Dias, nos trechos que cortam o sul de Minas e a região metropolitana de BH.

Apenas nos dois primeiros meses deste ano, estima-se que o prejuízo causado pela carga roubada nas estradas mineiras tenha ultrapassado os R$ 500 milhões, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas. Diante desse cenário, os profissionais que enfrentam diariamente as estradas se sentem inseguros e clamam por medidas de segurança mais efetivas, recorrendo à tecnologia para combater as quadrilhas.

Desde o início do ano, foram registrados 69 casos de roubo de carga em Minas Gerais, conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejuso). Essa quantidade representa aproximadamente 27% de todos os casos registrados no ano passado, totalizando 252 ocorrências.

Ivanildo Santos, assessor de segurança logística da Federação das Empresas de Transportes de Cargas de Minas, ressalta que esses números não refletem a verdadeira gravidade da situação, especialmente diante do aumento expressivo desses crimes, principalmente nas áreas fronteiriças com outros estados.

O combate ao roubo de cargas em Minas Gerais requer a colaboração de diversos órgãos de segurança pública, incluindo polícias militar, rodoviária e rodoviária federal, além da polícia civil, que participa de grupos de trabalho para debater soluções para o problema. Empresas de gerenciamento de risco, seguradoras e representantes do setor também estão envolvidos nessas discussões, visando mapear regiões mais vulneráveis e buscar soluções eficazes para enfrentar esse desafio crescente.


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