O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desencadeou nesta terça-feira a Operação Tabernus, uma ação conjunta com as Polícias Penal, Civil, Militar e Rodoviária Federal, para desmantelar grupos criminosos envolvidos em corrupção e tráfico de drogas dentro de unidades prisionais.
Detalhes da Operação
A operação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Juiz de Fora, resultou na execução de 27 mandados de prisão e 36 mandados de busca e apreensão. Além disso, foram emitidos mandados de sequestro de veículos e bloqueio financeiro no valor de R$ 13.362.960,80.
Os mandados foram cumpridos em oito cidades dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro:
- Minas Gerais: Juiz de Fora, Cataguases, e Goianá.
- Rio de Janeiro: Rio de Janeiro (capital), São Gonçalo, Angra dos Reis, Mangaratiba e Três Rios.
Prisões e Afastamentos
Ao todo, 25 pessoas foram presas, incluindo 14 agentes públicos. Entre os detidos estão:
- 10 policiais penais
- 3 técnicos da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)
- 1 sargento do Exército
Adicionalmente, seis agentes públicos que não tiveram mandados de prisão expedidos foram afastados cautelarmente de suas funções.
Atividades Criminosas Investigadas
As investigações apontam que os grupos criminosos realizavam diversas atividades ilícitas dentro das unidades prisionais, incluindo:
- Corrupção ativa e passiva: Envolvendo agentes de segurança pública e servidores administrativos.
- Tráfico de drogas: Facilitando a entrada de substâncias ilícitas nas prisões.
- Lavagem de dinheiro: Associada aos lucros obtidos com a venda de drogas e outros itens ilegais dentro das unidades.
A articulação criminosa permitia a entrada de drogas, equipamentos de comunicação e outros objetos proibidos nas prisões, que eram vendidos a preços muito superiores aos praticados fora dos muros.
Impacto e Continuidade
A operação visa desmantelar a infraestrutura de corrupção e tráfico que sustenta essas atividades ilícitas dentro das unidades prisionais, buscando restaurar a ordem e a segurança nas instituições penais.
O MPMG, juntamente com as forças policiais envolvidas, continuará as investigações para identificar e punir todos os envolvidos, garantindo a integridade do sistema prisional e a segurança pública.
