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Belo Horizonte – Falso médico é indiciado pela Polícia Civil por cinco crimes cometidos

Um homem de 37 anos foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais por uma série de crimes cometidos em Belo Horizonte, onde atuava ilegalmente como médico em uma clínica na região do Barreiro. O suspeito enfrenta acusações graves que incluem estelionato, falsidade ideológica, exercício ilegal da medicina, emissão de atestado falso e exposição da vida ou saúde de outrem a perigo direto e iminente.

De acordo com as investigações, o falso médico não apenas enganava seus pacientes, mas também os profissionais contratados e parceiros da clínica, fazendo-os acreditar que ele possuía formação em medicina ou especializações na área de fisioterapia. Ele operava um esquema lucrativo, recebendo cerca de R$ 40 mil por semana através de consultas, tratamentos médicos e venda de medicamentos, além de parcerias com laboratórios e farmácias.

O delegado Túlio Leno, responsável pelas investigações, destacou que o suspeito levava uma vida de luxo, utilizando carros alugados e planejando viagens internacionais, como um pacote para a República Dominicana. A prática ilegal do investigado teria se estendido por aproximadamente três anos até sua prisão preventiva, decorrente de mandado judicial.

As investigações tiveram início após uma denúncia relacionada a um suposto erro médico, que revelou que o suspeito, na verdade, era um fisioterapeuta sem especializações que se passava por médico. Durante a ação policial, realizada recentemente, o homem foi detido em flagrante enquanto atendia um paciente na clínica.

A delegada Gislaine Rios explicou que o suspeito utilizava números fraudulentos de inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) de outros médicos, inclusive falecidos ou inativos, para prescrever medicamentos controlados e solicitar exames, o que configura uma grave fraude contra a saúde pública.

O modus operandi do suspeito envolvia iniciar os atendimentos e, dependendo da necessidade do paciente, se apresentar como especialista em diversas áreas da medicina, como ortopedia, traumatologia, endocrinologia, entre outras, visando lucrar com procedimentos e vendas de medicamentos associadas. Ele ainda praticava a venda casada de serviços e medicamentos, estocando insumos sem a devida supervisão farmacêutica.

O caso está agora sob análise da Justiça, enquanto as autoridades continuam a investigar para identificar todas as vítimas e outros possíveis envolvidos nas práticas ilícitas do falso médico na clínica do Barreiro.

Este episódio reforça a importância da fiscalização rigorosa e da punição efetiva para crimes que colocam em risco a saúde e a segurança dos cidadãos, além de alertar para a necessidade de vigilância constante contra a atuação ilegal de profissionais de saúde.


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