Autoridades em Teófilo Otoni revelaram durante uma audiência pública a grave situação enfrentada pela população devido à disputa entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), destacando as deficiências crônicas no efetivo e financiamento das forças de segurança do estado.
O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Sargento Rodrigues (PL), corroborou a avaliação feita pelo prefeito Daniel Batista Sucupira, também presidente da Frente Mineira de Prefeitos (FMP), sobre a escassez de recursos que tem exigido apoio constante das prefeituras locais.
Os criminosos estão se tornando mais ousados na região, como evidenciado pelo atentado à residência do cabo PM Jadson Ferreira Chaves em março. A residência foi alvejada por tiros como represália à atuação da PM contra o crime organizado.
O prefeito Sucupira criticou veementemente a inação do governo estadual em lidar com a segurança pública, apontando que a responsabilidade recai sobre as prefeituras para suprir as deficiências das forças policiais.
O diretor de Operações da Polícia Militar, coronel Flávio Godinho Pereira, embora tenha minimizado a ameaça representada pela disputa entre as facções, garantiu que a situação está controlada. No entanto, a presença e a atuação das facções criminosas no interior de Minas Gerais continuam sendo uma preocupação para as autoridades.
As investigações sobre o conflito entre CV e PCC estão em curso, com a Polícia Civil e o Ministério Público trabalhando em conjunto para combater as organizações criminosas. Operações recentes resultaram em várias prisões e apreensão de armas, focando no desmantelamento do braço financeiro dessas facções.
A situação de segurança em Teófilo Otoni continua sendo monitorada pelas autoridades, enquanto a comunidade aguarda medidas mais robustas por parte do governo estadual para conter a violência e garantir a segurança da população.