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 TJMG anula absolvição de irmão de prefeito acusado de matar ex-vereador durante live em Patrocínio 

Cássio Remis foi assassinado em 24 de setembro de 2020 enquanto fazia uma live em uma avenida no Centro de Patrocínio.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu anular o julgamento que absolveu Jorge Marra, ex-secretário de Obras de Patrocínio, no Triângulo Mineiro, acusado de matar o ex-vereador Cássio Remis durante uma transmissão ao vivo em setembro de 2020. A decisão foi tomada pelos desembargadores nesta quinta-feira (18), determinando a realização de um novo julgamento, cuja data ainda não foi definida.

Jorge Marra foi julgado em outubro de 2022 e havia sido absolvido sob a alegação de legítima defesa, sendo condenado apenas por porte ilegal de arma de fogo. No entanto, a revisão da decisão pelo TJMG agora abre caminho para um novo processo judicial.

Marcos Remis, pai de Cássio Remis, expressou alívio com a decisão do tribunal e reafirmou sua confiança na justiça: “Quero render todas as minhas homenagens ao TJMG e deixar claro que não podemos nos deixar influenciar pelo poder político ou econômico. Estendo minhas mãos aos patrocinenses que se indignaram com a decisão do júri popular.”

Relembre o caso:

Cássio Remis foi assassinado em 24 de setembro de 2020 enquanto fazia uma live em uma avenida no Centro de Patrocínio. Durante a transmissão, ele denunciou o uso de funcionários da prefeitura em serviços particulares próximos ao futuro comitê de reeleição do prefeito Deiró Marra.

Pouco depois, Jorge Marra, irmão do prefeito e secretário de Obras na época, chegou ao local, tomou o celular de Cássio e fugiu em direção à Secretaria de Obras. Cássio o seguiu para tentar recuperar o celular, mas Jorge sacou uma arma e disparou várias vezes, matando-o no local. O agressor fugiu e foi preso três dias depois, após se entregar.

Jorge Marra foi indiciado por homicídio, porte ilegal de arma de fogo e roubo do celular de Cássio. Apesar da prisão em setembro de 2020, ele foi absolvido em outubro de 2022 durante um júri popular, o que gerou indignação entre os familiares da vítima.


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