27.4 C
Belo Horizonte
InícioSegurançaViúva e comparsa são condenados por homicídio de marido após 13 anos...

Viúva e comparsa são condenados por homicídio de marido após 13 anos  

Quase 13 anos após o assassinato de Djair José Gomes da Silva, a justiça condenou duas pessoas envolvidas no crime, incluindo a viúva da vítima. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (28/5) em Belo Horizonte, e quatro acusados foram levados ao tribunal. Destes, dois foram absolvidos.

O homicídio, ocorrido em setembro de 2011 em Conselheiro Pena, no Vale do Rio Doce, foi ligado à organização criminosa “A Família”, também conhecida como Máfia Mineira. Este grupo criminoso era composto por fazendeiros, empresários, políticos, policiais militares, policiais civis, agentes penitenciários e civis, e estava envolvido em diversos crimes, incluindo extorsão, corrupção ativa e passiva, concussão e, especialmente, homicídios na época.

Os condenados no julgamento foram Joana Lourenço Henriques, a viúva de Djair, e Geovano Ferreira de Andrade. Joana foi sentenciada a 15 anos de prisão em regime inicialmente fechado, enquanto Geovano recebeu uma pena de 16 anos e seis meses, também em regime fechado. Os réus Fidelcino Pereira de Lima Filho e Fernando da Silva Batista foram absolvidos.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o relacionamento entre Joana e Djair estava abalado devido ao ciúmes dela. Além disso, Djair havia tido um desentendimento com um integrante da Máfia Mineira, já falecido, relacionado ao pagamento de um frete. Este desentendimento motivou o integrante do grupo criminoso a ordenar a morte de Djair.

No dia do crime, Joana e Djair estavam conversando com uma vizinha em frente à casa quando Geovano e um cúmplice, já falecido, se aproximaram e dispararam contra Djair, atingindo-o seis vezes. Dias antes, Joana havia sido apresentada a Geovano e Fernando pelo integrante da Máfia Mineira, e juntos planejaram os detalhes do assassinato.

Além disso, a denúncia apontou que o policial civil Fidelcino Pereira de Lima Filho sabia do plano para o homicídio e não fez nada para impedir o crime. Ele teria até programado um passeio ecológico com a equipe da delegacia para mantê-los afastados da cidade no dia do assassinato.

O julgamento trouxe um desfecho a um caso que envolveu traição, ciúmes e uma complexa rede criminosa, destacando a persistência das autoridades em buscar justiça, mesmo após tantos anos.


RELACIONADOS
Feito com muito 💜 por go7.com.br