Um apagão cibernético global, causado por uma falha na atualização de software da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, afetou diversas empresas brasileiras, especialmente no setor aéreo e bancário, nesta sexta-feira (19). A Azul enfrentou atrasos em alguns voos devido à intermitência no sistema de gestão de reservas, com recomendações para que os passageiros chegassem mais cedo aos aeroportos. No Aeroporto Internacional de Brasília e no Santos Dumont, o impacto foi limitado a voos da Azul, enquanto a Força Aérea Brasileira não reportou problemas.
Globalmente, aeroportos em cidades como Tóquio, Amsterdã e Berlim, além de companhias aéreas como American Airlines e Delta, também sofreram atrasos e cancelamentos. No Reino Unido, sistemas de reservas médicas e a Sky News foram afetados.
No setor bancário, clientes do Bradesco enfrentaram indisponibilidade no aplicativo do banco. A Febraban informou que a maioria dos bancos normalizou seus serviços ainda pela manhã. O Banco Central não foi afetado.
A Cemig, em Minas Gerais, também reportou instabilidade em seus canais de atendimento virtuais. Passageiros no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, enfrentaram longas filas e cancelamentos de voos. A Azul informou que os passageiros afetados estão recebendo assistência conforme previsto pela Anac, e recomendou verificar o status dos voos antes de se dirigir aos aeroportos.
O problema foi causado por uma atualização de conteúdo do sensor Falcon da CrowdStrike para Windows, que gerou a “tela azul da morte” em muitos computadores. A falha foi identificada, isolada e corrigida, segundo a CrowdStrike. A Microsoft confirmou a resolução do problema, mas alguns serviços ainda enfrentam impactos residuais.