O policial civil César Gonçalves e Sá, de 47 anos, membro da PUMA (Patrulha Unificada Metropolitana de Apoio), teve uma das pernas amputadas e encontra-se em coma induzido na UTI do Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. César foi atropelado pelo tenente do Exército Caio Felipe Santos, de 25 anos, que apresentava sinais de embriaguez no último domingo (4), na Via Expressa.
A amputação foi considerada essencial para a sobrevivência de César, conforme relatos de seus colegas e amigos.
César Gonçalves e Sá estava em operação quando o incidente ocorreu. A PUMA havia sido acionada após um caminhoneiro de reboque trocar tiros com um policial civil. Durante a abordagem na Via Expressa, na altura da Vila Oeste, César foi atropelado pelo Uno conduzido pelo tenente Caio Felipe Santos.
O tenente confessou à polícia que havia bebido horas antes do acidente e recusou-se a fazer o teste do bafômetro. Conforme o Código de Trânsito Brasileiro, a recusa é considerada infração de trânsito equivalente a dirigir embriagado, resultando em uma multa de R$ 3 mil e na perda da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Medidas Legais
A Polícia Civil emitiu uma nota informando que o delegado de plantão lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o tenente, acusando-o de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. Caio Felipe Santos comprometeu-se a comparecer a uma audiência perante o Juizado Especial Criminal para as medidas legais cabíveis.
Repercussão e Investigações
O caso gerou indignação entre os policiais civis, especialmente pelo fato de a Polícia Militar ter assumido a ocorrência do acidente, mesmo tendo ocorrido durante uma operação da Polícia Civil. A Divisão Especial de Prevenção e Investigação a Crime de Trânsito abriu uma investigação para apurar todas as circunstâncias do acidente.
O Exército Brasileiro informou, em nota, que instaurou um procedimento administrativo para investigar o caso.
