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Belo Horizonte – Suspeito de incendiar prédio é preso

Incêndio destrói fachada de prédio abandonado no Centro de BH

Na madrugada deste domingo (18), um incêndio de grandes proporções atingiu um prédio comercial abandonado na Avenida dos Andradas, no Centro de Belo Horizonte. O edifício, que estava desocupado, pertence ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e estava programado para ser adaptado para abrigar a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes. Apesar da gravidade do incidente, não houve registro de feridos, mas o prédio sofreu danos significativos.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 5h15 da manhã, quando as chamas já consumiam a fachada do prédio. Cerca de 50 minutos depois, os bombeiros conseguiram controlar o incêndio. No entanto, as chamas destruíram grande parte da estrutura externa do edifício, levantando preocupações sobre a segurança da construção. A Defesa Civil foi chamada para avaliar a integridade do prédio e determinar se há risco de desabamento.

De acordo com informações preliminares, o incêndio teria começado em um colchão deixado na base do edifício por uma pessoa em situação de rua. A Polícia Militar prendeu o suspeito, um homem em situação de rua, ainda na manhã de domingo. A causa exata do incêndio será confirmada após a perícia da Polícia Civil, que também investigará a possibilidade de o incêndio ter sido criminoso.

O incêndio provocou uma grande mobilização das autoridades. A área ao redor do prédio foi isolada, e o Viaduto Santa Tereza, que fica nas proximidades, foi interditado temporariamente como medida de precaução. A ação rápida dos bombeiros evitou que o fogo se espalhasse para construções vizinhas, mas o edifício ficou completamente destruído.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais lamentou o ocorrido e afirmou que as causas do incêndio estão sendo investigadas. O TJMG destacou que ainda não há estimativa dos prejuízos materiais, mas o impacto no projeto de adaptação do prédio para a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes pode ser significativo. A instituição está aguardando os resultados da perícia e as avaliações da Defesa Civil para determinar os próximos passos.

SEGUNDO CASO EM 20 DIAS

Este não é o primeiro incidente de incêndio envolvendo pessoas em situação de rua em Belo Horizonte. Recentemente, outro episódio semelhante ocorreu nas proximidades da Primeira Igreja Batista de Belo Horizonte (PIBBH), localizada no bairro Funcionários. Na noite do dia 28 de julho, durante o culto noturno, um transeunte ateou fogo nas proximidades da igreja, o que rapidamente se transformou em um incêndio que ameaçou o templo.

As chamas atingiram um dos vitrais da igreja, e o culto precisou ser interrompido. A ação rápida dos fiéis presentes no local impediu que o fogo causasse maiores danos à estrutura histórica da PIBBH. Ruan Noce Gomides, pastor sênior da igreja, destacou que, se o espaço estivesse vazio no momento do incidente, o incêndio poderia ter se alastrado e causado danos irreparáveis ao patrimônio da igreja.

O pastor Ruan Gomides também fez um apelo urgente às autoridades para que sejam implementadas medidas de proteção ao redor do templo. Ele ressaltou a importância de impedir que pessoas picharem, urinarem ou façam fogueiras nas proximidades da igreja, que é um importante patrimônio histórico e espiritual da cidade.

Tanto o incêndio na PIBBH quanto o ocorrido no edifício do TJMG ressaltam a necessidade de maior atenção das autoridades para com a questão das pessoas em situação de rua em Belo Horizonte. As condições precárias em que muitas dessas pessoas vivem frequentemente levam a situações perigosas, como os incêndios recentes, que colocam em risco não apenas suas vidas, mas também o patrimônio público e privado.


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