A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou quatro pessoas ligadas a uma instituição religiosa em Carmo do Paranaíba, no Triângulo Mineiro, por desvios de recursos públicos destinados a projetos sociais. As investigações, divulgadas na manhã desta sexta-feira (30), revelaram que o grupo se apropriou de verbas destinadas a programas de recuperação para dependentes químicos.
Os indiciados, incluindo um líder religioso, foram acusados de exigir vantagens pecuniárias indevidas dos familiares dos dependentes em troca da permanência em uma instituição de recuperação sem fins lucrativos. Segundo a PCMG, a prática configurava extorsão disfarçada de ação religiosa.
As apurações indicam que o grupo operava como uma associação criminosa estruturada, com funções claramente definidas entre seus membros. Esta organização, ligada à instituição religiosa, desviou valores significativos, comprometendo tanto os cofres públicos quanto a confiança da comunidade.
A investigação revelou que o desvio de recursos foi realizado de forma sistemática, prejudicando diretamente os projetos sociais e os beneficiários das ações da instituição. As acusações incluem apropriação indébita e extorsão, com os envolvidos usando a fé e a posição religiosa para obter vantagens pessoais.
A PCMG continua a apuração do caso, que ressalta a necessidade de maior fiscalização em instituições que recebem recursos públicos e a importância de combater práticas fraudulentas disfarçadas de atividades sociais e religiosas. O indiciamento dos envolvidos marca um passo importante na busca por justiça e na recuperação dos recursos desviados.
