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Belo Horizonte enfrenta nova onda de calor e clima desértico; alerta de baixa umidade preocupa

Belo Horizonte enfrenta uma nova onda de calor, acompanhada de tempo seco e baixa umidade, que deve persistir até o fim de setembro. A capital mineira, que está há 146 dias sem chuvas significativas, enfrenta a maior estiagem das últimas seis décadas. A falta de precipitações, combinada com altas temperaturas e umidade relativa do ar em níveis críticos, tem causado uma deterioração na qualidade do ar, colocando a cidade em estado de alerta.

O meteorologista Ruibran dos Reis explica que a passagem de uma frente fria no fim de semana trouxe ventos que aliviaram temporariamente a poluição, mas o calor intenso e a baixa umidade farão com que a qualidade do ar volte a piorar nos próximos dias. A poluição atmosférica, que nos últimos dias registrou níveis entre os piores do mundo, continua sendo uma preocupação. Segundo a plataforma IQAir, o ar de Belo Horizonte estava em nível “moderado” nesta quarta-feira (11), ainda três vezes acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A baixa umidade do ar, que chegou a 15% em algumas regiões de Minas Gerais, como o Triângulo Mineiro, é comparável à registrada no deserto do Saara. A Defesa Civil do estado emitiu um alerta para várias regiões, recomendando cuidados como hidratação constante e a permanência em locais frescos e umidificados. Além disso, a população deve evitar exercícios físicos ao ar livre, especialmente nas horas mais quentes do dia.

Diante da gravidade da situação, a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou a ampliação da atuação de um grupo de gestão de crise, que tradicionalmente focava no período chuvoso. O prefeito Fuad Noman destacou que o Grupo Gestor de Riscos, Desastres e Eventos Climáticos Extremos será responsável por lidar com os impactos do calor extremo e da má qualidade do ar. Entre as ações já adotadas estão a distribuição de água para pessoas em situação de rua, o uso de caminhões-pipa para regar áreas verdes e a intensificação das campanhas de conscientização sobre a preservação do meio ambiente.

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que o período chuvoso, que normalmente começaria em setembro, deve atrasar para o fim de outubro ou início de novembro, o que agrava ainda mais o cenário crítico em Belo Horizonte. Até lá, a capital mineira deve continuar enfrentando dias quentes e secos.


 

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