Na tarde desta sexta-feira, 13 de setembro, um incêndio de grandes proporções atingiu a vegetação às margens da LMG-806, próximo a Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte. As chamas chegaram perto da sede do 40º Batalhão da Polícia Militar. Com o vento intenso, o fogo se espalhou rapidamente, causando grande preocupação. Brigadistas, apoiados por um helicóptero, trabalharam para conter as chamas.
Com 159 dias sem chuvas, os incêndios florestais têm se intensificado em Minas Gerais. De acordo com dados do Governo do Estado, mais de 21 mil focos de incêndios foram registrados até agosto de 2024, quase se igualando ao recorde de 2021, quando 24 mil focos foram contabilizados.
Atualmente, mais de 180 bombeiros e brigadistas estão mobilizados para combater incêndios em sete parques e reservas ambientais de Minas. Aeronaves e viaturas lançam água nas áreas mais críticas, principalmente para proteger locais de turismo religioso, como o Santuário da Serra da Piedade, em Caeté. O reitor do Santuário, padre Wagner Calegário, suspeita de incêndio criminoso, devido à origem simultânea das chamas em diferentes pontos da região.
Outro foco importante de incêndio está no Santuário do Caraça, conhecido por ser habitat dos lobos-guarás. As chamas avançam a apenas 5 km do patrimônio tombado, enquanto a fumaça já atinge a área do Santuário.
Além das áreas de preservação, uma das florestas da Faber-Castell em Prata, no Triângulo Mineiro, foi destruída pelo fogo. O combate durou quatro dias e contou com o uso de helicópteros para controlar o incêndio.
Os Parques Nacionais das Serras do Cipó e Gandarela também seguem com focos de incêndio, forçando o fechamento de cachoeiras e locais turísticos da região.
