Um cabo da Polícia Militar (PM) teve sua prisão preventiva decretada após não prestar socorro ao colega Rafael Delgado Will Nogueira, morto a tiros na madrugada de sábado (28) na Pampulha, Belo Horizonte. Ele é acusado de homicídio omissivo, pois, segundo investigações, não assistiu Rafael imediatamente após a troca de tiros em frente a uma casa de shows.
O advogado do PM, Glauber Paiva, contestou as alegações, afirmando que o cabo se afastou do local por medo pela própria segurança, mas fez uma chamada para o serviço de emergência 190 ao constatar que Rafael já não apresentava sinais vitais. Além disso, ele retornou à cena do crime posteriormente, o que, segundo a defesa, refuta a acusação de omissão.
O tiroteio ocorreu após uma breve interação entre os militares e os ocupantes de um carro prata. Imagens de segurança mostram que, após a conversa, um disparo foi ouvido, resultando na reação do cabo da Rotam, que foi atingido e caiu no chão. Os suspeitos fugiram em alta velocidade, e um deles, o motorista do veículo, foi preso em Corinto, Minas Gerais, no domingo. O segundo suspeito, apontado como o autor dos disparos, permanece foragido.
A morte do cabo Rafael, de 35 anos, gerou grande comoção entre familiares e colegas, que participaram do velório em Contagem. O corpo foi homenageado por militares da Rotam, mas a dor pela perda impediu qualquer declaração à imprensa no local.
As investigações indicam que os suspeitos podem estar envolvidos com tráfico de drogas, o que complicou ainda mais o contexto da tragédia que culminou na morte do policial. A polícia segue em busca do segundo envolvido, enquanto a comunidade aguarda um desfecho para o caso.