Um influenciador digital de 26 anos foi preso na última segunda-feira (30) durante a Operação Vermelho 27, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Ele foi detido em um condomínio de luxo em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte, acusado de comandar um esquema criminoso de jogos de azar virtuais que lhe rendia cerca de R$ 1 milhão por mês.
Durante a ação, a polícia apreendeu dois veículos de luxo avaliados em R$ 4 milhões, além de celulares e computadores. O influenciador é investigado por crimes de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal.
Esquema criminoso
De acordo com a Divisão de Fraudes da PCMG, o influenciador promovia roletas virtuais ilegais, onde a taxa de retorno aos jogadores era de apenas 0,23%. Ou seja, de cada R$ 100 apostados, o jogador recuperava apenas 23 centavos. Em plataformas legais, esse retorno é superior a 90%.
Segundo o delegado Magno Machado, influenciadores atuam como “garotos-propaganda” dessas plataformas, hospedadas no exterior, recebendo comissões com base nas perdas dos jogadores. “Quanto mais o apostador perde, mais o influenciador ganha”, explicou Machado.
Investigação
As investigações começaram no início de 2023, com monitoramento de influenciadores suspeitos de atividades ilícitas. O suspeito vinha sendo vigiado desde maio e, segundo a polícia, chegou a postar vídeos em suas redes sociais confessando a lavagem de dinheiro.
Impacto e desdobramentos
A Operação Vermelho 27 é parte de um esforço da PCMG para desmantelar fraudes digitais envolvendo influenciadores. A investigação prossegue com análise de materiais apreendidos, enquanto a polícia busca identificar outros envolvidos no esquema, inclusive no exterior.
O influenciador agora responde também por falsidade ideológica e sonegação fiscal, com o caso ganhando repercussão pela ampla exploração do público digital em práticas criminosas.
