Mais de 94 milhões de brasileiros — cerca de 44% da população — dependem atualmente de algum tipo de programa social do Governo Federal. O número, obtido a partir do Cadastro Único (CadÚnico), principal porta de entrada para benefícios como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e outros auxílios, mostra a dimensão da rede de proteção social no país.
Estudos indicam que mais da metade desse contingente está inscrita no Bolsa Família, programa que concentra os maiores repasses mensais às famílias em situação de vulnerabilidade. Somados, todos os benefícios pagos pela União chegam à cifra de aproximadamente R$ 500 bilhões por ano, valor financiado majoritariamente pela arrecadação de impostos.
Embora o volume expressivo de beneficiários demonstre a importância da assistência social para reduzir desigualdades, especialistas avaliam que o dado também expõe desafios profundos de política pública. Entre eles, a dificuldade de inserção de parte dessa população no mercado de trabalho formal e a sustentabilidade fiscal dos programas a longo prazo.
O CadÚnico, criado para unificar e dar transparência aos programas sociais, hoje reúne dados de milhões de famílias em idade ativa (15 a 64 anos) que dependem total ou parcialmente desses benefícios para sobreviver.
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