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Indústria 4.0 impulsiona segurança elétrica e avanço no armazenamento de energia no Brasil

O setor elétrico brasileiro vive uma transformação profunda impulsionada pela digitalização, pelo avanço das fontes renováveis e pela necessidade crescente de aumentar a eficiência e a segurança em ambientes industriais. Sensores inteligentes, manutenção preditiva e sistemas avançados de armazenamento em baterias estão redefinindo operações, reduzindo custos e abrindo caminho para redes elétricas mais resilientes.

Segundo Jefferson Alvarenga, supervisor técnico do Serviço de Tecnologia e Inovação (STI) do Senai-MG, a revolução começa no básico: a qualidade dos projetos elétricos. “Projetos bem dimensionados evitam sobrecargas, subdimensionamentos e perdas por efeito Joule. Isso garante eficiência energética e aumenta a vida útil dos equipamentos”, afirma.

Boas práticas que começam na planta do projeto

Para Alvarenga, a adoção de motores de alto rendimento, inversores de frequência, iluminação LED e transformadores de baixa perda já é realidade nas indústrias mais competitivas. A manutenção preventiva — com inspeções de conexões, aterramentos, isolamentos e dispositivos de proteção — permanece essencial, guiada por normas como NR-10, NBR 5410 e NBR 5419.

A capacitação contínua também é apontada como pilar dessa modernização. “Profissionais bem treinados garantem operação segura e eficiente”, reforça o especialista.


A era da manutenção preditiva: sensores, IA e monitoramento em tempo real

Com a chegada da Internet das Coisas (IoT) e de plataformas em nuvem, a manutenção elétrica deixou de ser apenas preventiva e passou a antecipar falhas. Sensores inteligentes, sistemas SCADA e algoritmos de inteligência artificial permitem acompanhar temperatura, corrente, vibração e outros parâmetros em tempo real.

“Hoje é possível prever o momento exato em que um componente vai falhar, reduzindo paradas inesperadas e aumentando a produtividade”, destaca Alvarenga.

Aplicativos móveis e dashboards digitais se popularizaram, integrando indicadores de desempenho ao dia a dia de gestores e equipes técnicas.


Materiais mais eficientes e foco em sustentabilidade

A inovação também está nos materiais. Novas ligas metálicas, nanomateriais e isolantes avançados reduzem perdas e elevam a eficiência dos equipamentos. Motores e transformadores com aço silício de grão orientado e sistemas de refrigeração aprimorados já fazem parte das linhas mais modernas.

A preocupação ambiental avança na mesma proporção. Indústrias adotam:

  • cabos livres de halogênio,
  • painéis elétricos recicláveis,
  • componentes com menor emissão de gases tóxicos em caso de incêndio.

Avanço das baterias amplia autonomia e estabilidade da rede

O Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), aponta que as baterias estão assumindo papel estratégico na transição energética. Elas permitem desde a operação autônoma de microrredes até a criação de usinas virtuais (VPPs), que coordenam múltiplos recursos energéticos distribuídos.

Entre as aplicações em expansão estão:

  • Vehicle-to-Grid (V2G): carros elétricos que devolvem energia para a rede em horários de pico;
  • Virtual Power Lines: grandes sistemas de baterias que aliviam gargalos da transmissão;
  • Armazenamento em residências e pequenas empresas, favorecido pela expansão da energia solar.

Apesar do preço ainda elevado para consumidores, o custo global das baterias caiu mais de 80% na última década, segundo dados recentes do setor. A tendência é que valores continuem recuando com a escala produtiva chinesa e americana.


Baterias: peça-chave para integrar solar e eólica ao sistema

Com a redução da capacidade de armazenamento das hidrelétricas e o aumento da variabilidade das fontes renováveis, as baterias surgem como solução para garantir estabilidade ao sistema. Elas armazenam energia em períodos de sobra e a liberam nos momentos de maior demanda — reduzindo desperdícios e contribuindo para menor emissão de gases de efeito estufa.

A EPE destaca que essas soluções podem ser instaladas com baixo impacto socioambiental, ampliando o acesso a energia em regiões remotas e fortalecendo a resiliência da rede.

No campo econômico, o armazenamento pode adiar investimentos milionários em linhas de transmissão, além de oferecer serviços auxiliares ao sistema elétrico, como controle de frequência e tensão.


Smart grids e consumidores-produtores: o novo modelo elétrico em formação

A combinação de geração distribuída, digitalização e armazenamento está consolidando um novo perfil de consumidor: o prosumidor, que produz, armazena e gerencia sua própria energia.

“A transição para fontes renováveis e redes inteligentes está mudando o cenário elétrico. Os consumidores agora também são geradores, tornando o sistema mais forte e resiliente”, explica Jefferson Alvarenga, do Senai-MG.


O que vem pela frente

Com a expansão da energia solar — que ultrapassou a marca de 26 GW em geração distribuída no Brasil em 2024, segundo a Aneel — e o avanço das baterias, o país caminha para um modelo mais limpo, eficiente e digital.

A modernização regulatória, esperada para os próximos anos, deve impulsionar a entrada de novos players e acelerar a transição energética.

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