Na última terça-feira (11 de junho), uma operação da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro no Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense, resultou na prisão de 24 pessoas, incluindo sete oriundas de Minas Gerais. A ação deixou três mortos, sendo dois civis e um policial militar do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Durante a operação, a PM apreendeu uma metralhadora antiaérea, 11 fuzis, cinco pistolas, uma espingarda calibre 12, além de drogas. Também foram recuperados oito veículos roubados, seis carros e duas motos. Entre os 24 presos, cinco eram considerados foragidos da Justiça.
Em resposta à operação, criminosos ordenaram o fechamento de três das principais vias da cidade: as linhas Vermelha e Amarela e a avenida Brasil. Essas barricadas foram uma represália direta à operação policial. Além disso, um ônibus foi incendiado na avenida Brasil, na altura da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
A operação e os confrontos subsequentes também afetaram a rotina da cidade. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) cancelou as aulas noturnas no dia da operação, e 42 escolas no Complexo do Alemão foram impactadas, com duas escolas estaduais na Maré fechando, afetando cerca de 900 estudantes do turno da manhã.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, lamentou a morte do policial Jorge Galdino Cruz, 3º sargento do Bope, e mencionou que o 2º sargento Rafael Dias Wolfgramm sofreu ferimentos graves. Em uma nota, Castro expressou reconhecimento às forças de segurança pelo combate à criminalidade e reafirmou o compromisso do governo com a segurança pública no estado.
