Em um alerta preocupante para a saúde pública, Belo Horizonte enfrenta uma crise epidêmica de dengue, com números alarmantes de casos confirmados e óbitos em apenas três meses deste ano. Segundo dados oficiais, a capital mineira já registrou o falecimento de 20 pessoas devido à doença, um número que supera o total de óbitos de todo o ano de 2023, que foi de dez vidas perdidas.
A gravidade da situação é evidenciada pelo expressivo número de moradores afetados pela doença desde janeiro, ultrapassando a marca de 20 mil casos confirmados. Este cenário é ainda mais alarmante quando se considera que mais de 78 mil casos suspeitos ainda estão sob investigação, indicando uma propagação acelerada do vírus na metrópole.
Entre as regiões da cidade mais afetadas pela epidemia, a Centro-Sul desponta no topo da lista, com mais de 4,1 mil notificações, seguida pelo Barreiro, com 3,8 mil, e a Nordeste, com 2,8 mil registros.
Diante desse quadro crítico, os serviços de saúde estão sendo reforçados para lidar com o aumento da demanda, especialmente neste mês. Durante o restante do feriado, 12 centros de saúde estarão abertos para atender pessoas com sintomas de dengue, como febre, manchas vermelhas na pele, náuseas, vômitos e dores musculares e articulares.
Além dos postos de saúde, as nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) funcionarão ininterruptamente, 24 horas por dia. Também estão em operação dois hospitais temporários, nas regionais Oeste e Venda Nova, e um hospital de campanha, na regional Norte.
Adicionalmente, três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs) estão operando nas regionais Centro-Sul, Barreiro e Noroeste, juntamente com três Unidades de Reposição Volêmica (URVs), para garantir uma resposta eficaz diante desta crise de saúde pública.
