Willemstad, Curaçao — O primeiro-ministro de Curaçao, Gilmar Pisas, confirmou oficialmente a chegada das embarcações de guerra norte-americanas USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson à ilha caribenha, situada a cerca de 60 quilômetros da costa venezuelana. A mobilização representa um fortalecimento da cooperação entre Curaçao — um território autônomo do Reino dos Países Baixos — e os Estados Unidos, mas também aumenta o nível de alerta diante do frágil contexto político e diplomático envolvendo o regime de Nicolás Maduro.
A movimentação ocorre pouco depois do anúncio do presidente Donald Trump, em agosto de 2025, do envio desses três destróieres com sistema Aegis — equipados com mísseis Tomahawk, SM-2, SM-3 e sistemas antissubmarinos, além de helicópteros MH-60R — como parte de uma estratégia para conter o narcotráfico e pressionar o governo venezuelano.
Motivação e alcance da operação
Segundo agências internacionais, o objetivo declarado é combater os cartéis de drogas que supostamente financiam o regime chavista. Parkinson, por meio de fontes ouvidas pela Reuters, indicou que cerca de 4 000 marinheiros e fuzileiros navais estariam mobilizados na região, além de aviões de reconhecimento P-8, outros navios de guerra e ao menos um submarino de ataque.
A Casa Branca reforçou o tom da operação, com a porta-voz Karoline Leavitt afirmando que “o regime de Nicolás Maduro não é o governo legítimo da Venezuela — é um cartel de narcotráfico” . No mesmo contexto, os Estados Unidos dobraram a recompensa oferecida pela captura de Maduro para US$ 50 milhões.
Reação venezuelana e diplomática
O governo Maduro reagiu com veemência. Em discursos, o presidente convocou 4,5 milhões de milicianos, ordenando que se mantivessem “preparados, ativados e armados” para defender o país. Também encaminhou à ONU um apelo por intervenção internacional, denunciando a presença dos navios como “ameaça grave à paz e à segurança regional” e exigindo garantias de que não haveria uso de armamento nuclear — chegando a mencionar a presença dos navios USS Lake Erie e do submarino nuclear USS Newport News.
O Irã se manifestou em solidariedade a Caracas, classificando a ação estadunidense como “intervencionista e ilegal” e solicitando que o Conselho de Segurança da ONU admita e monitorize o caso.
Posicionamento do Reino dos Países Baixos e impacto local
Autoridades neerlandesas informaram que o envio dos navios não afetará as operações regulares da marinha holandesa na região, especialmente as atividades antinarcóticos conduzidas a partir da base de Marinebase Parera em Curaçao. Foi ainda confirmado que o USS Gravely e o USS Jason Dunham devem realizar escalas logísticas no porto de Willemstad ainda este mês.
Curaçao desempenha um papel estratégico crucial, devido à sua proximidade com a costa venezuelana (aproximadamente 65 km), tornando-se um ponto chave nas rotas marítimas e nas operações regionais de enfrentamento ao tráfico de drogas.
Leia mais: EUA reforçam presença militar em Curaçao com três destróieres, aumentando tensão com CaracasAcidente Assassinato Belo Horizonte Betim BR-040 BR-116 BR-251 BR-262 BR-365 BR-381 Contagem Corpo de Bombeiros Crime Divinópolis Governador Valadares Grande BH Ibirité Ipatinga Itabira João Monlevade Juiz de Fora Lula Minas Gerais Montes Claros Nova Lima Patos de Minas Polícia Civil Polícia Federal Polícia Militar Polícia Militar Rodoviária Polícia Rodoviária Federal Pouso Alegre Previsão do Tempo Ribeirão das Neves Sabará Samu Santa Luzia Sete Lagoas Triângulo Mineiro Tráfico Uberaba Uberlândia Vale do Rio Doce Vespasiano Zona da Mata mineira




