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Falso médico é preso em flagrante no Barreiro por exercer ilegalmente a medicina

Um falso médico de 37 anos, identificado apenas como Bruno, foi preso pela Polícia Civil nesta segunda-feira (3/6) no Barreiro de Baixo, em Belo Horizonte. Bruno, fisioterapeuta de formação, atuava há seis anos como médico em sua clínica, a CME FIT – Clínica Médica do Esporte, onde oferecia tratamentos de emagrecimento e outros procedimentos médicos sem a devida licença.

A operação foi conduzida pela Delegacia Regional do Barreiro, após uma denúncia recebida na manhã do mesmo dia. A delegada Gislaine Rios, responsável pelo caso, enviou imediatamente uma equipe de investigadores à clínica. Após um atendimento, os policiais solicitaram a documentação de Bruno e descobriram que ele não possuía registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), mas apenas um certificado do Conselho Federal de Fisioterapia, que não lhe permite realizar atos médicos.

Investigações iniciais revelaram que Bruno utilizava CRMs de médicos falecidos, inativos ou de outros estados, falsificando carimbos para suas receitas. Ele cobrava valores significativamente inferiores aos praticados por clínicas especializadas, atraindo vítimas com preços entre R$ 7 mil e R$ 8 mil, enquanto tratamentos semelhantes geralmente custam cerca de R$ 20 mil.

Até o momento, três vítimas foram identificadas, mas a polícia acredita que o número possa ser maior. Entre os procedimentos realizados ilegalmente por Bruno estavam infiltrações para tratar problemas ortopédicos. Uma das denunciantes, que sofreu um agravamento em seu quadro de saúde após uma infiltração, pode precisar de cirurgia para colocação de uma prótese no joelho.

Além das infiltrações, Bruno também prescrevia medicações controladas de forma rotineira, colocando os pacientes em risco significativo. Durante a operação, a polícia encontrou uma injeção de tamanho anormal, reforçando a gravidade das práticas ilegais.

A clínica foi fechada e o falso médico foi indiciado por falsidade ideológica, exercício ilegal da profissão e estelionato. O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) foi contatado e um posicionamento é aguardado.

A prisão de Bruno destaca a importância da verificação adequada das credenciais de profissionais de saúde para evitar riscos à saúde e segurança dos pacientes.


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