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Minas Gerais – Estudo inédito revela avanços no combate à corrupção

A Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE) e a Fundação Dom Cabral (FDC) divulgaram os resultados de uma pesquisa pioneira sobre ética e corrupção no Poder Executivo estadual. A pesquisa, que mapeou a percepção dos servidores públicos, aponta para uma redução significativa de atos de corrupção e uma melhora no ambiente de integridade na administração pública de Minas Gerais nos últimos cinco anos.

Divulgada durante a III Semana Mineira de Controle Interno, realizada de 13 a 17 de maio na Cidade Administrativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, a pesquisa revelou que cerca de 60% dos entrevistados observaram uma diminuição de práticas ilícitas em seus órgãos ou entidades. Além disso, 80% dos respondentes afirmaram contribuir para o fortalecimento da integridade em suas instituições.

O levantamento, realizado entre 7 de agosto e 15 de setembro de 2023, ouviu 3.963 agentes públicos. Este é o primeiro estudo desse tipo realizado por um estado brasileiro, e seus resultados são vistos como fundamentais para a formulação de políticas públicas baseadas em evidências.

Rodrigo Fontenelle, controlador-geral do Estado, destacou a importância da pesquisa para o diagnóstico da percepção da ética e da corrupção em Minas Gerais. “Esse mapeamento irá subsidiar políticas de combate e enfrentamento à corrupção, contribuindo para a eficácia das nossas ações,” afirmou Fontenelle.

Patrícia Becker, diretora de Gestão Pública da FDC, enfatizou a importância de compreender a incidência de desvios éticos para garantir a eficiência e legitimidade das instituições governamentais. “Desvios éticos e corrupção minam a confiança dos cidadãos nas instituições e prejudicam o bem-estar da sociedade,” disse Becker.

A pesquisa revelou que apenas uma pequena parcela dos agentes públicos está envolvida em atos de corrupção, sendo a maioria das práticas ilícitas atribuídas a questões internas e pessoais dos indivíduos. Além disso, 69% dos entrevistados afirmaram que o ambiente dos órgãos e entidades favorece condutas focadas no interesse público.

Entre os respondentes, 55% consideram que os mecanismos de promoção da integridade são efetivos na prevenção da corrupção. Estes números destacam a efetividade da Política Mineira de Promoção da Integridade, que estabelece diretrizes para promover a ética e a probidade na administração pública estadual.

Para discutir os resultados da pesquisa, a CGE organizou um painel com especialistas, incluindo Kênnya Kreppel, subsecretária de Gestão de Pessoas da Seplag-MG, e Danuza Aparecida de Paiva, ouvidora de Prevenção e Combate à Corrupção da OGE/MG. O debate abordou oportunidades e desafios na prevenção e enfrentamento à corrupção, ressaltando a importância dos dados para a eficácia das ações governamentais.

A pesquisa utilizou um questionário de múltipla escolha em escala Likert, composto por 34 questões divididas em cinco blocos: perfil dos respondentes, percepções gerais, percepções específicas, condutas e comportamentos e ambiente de integridade.

Os resultados e o painel de debates estão disponíveis no canal da CGE no YouTube, proporcionando transparência e acesso público às discussões sobre a integridade e ética na administração pública de Minas Gerais.


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